O dólar trabalhava em alta e ia ao patamar de 3,31 reais, com os investidores de olho em mais um capítulo da crise política que envolve o presidente Michel Temer e alimenta incertezas sobre o andamento das reformas, em especial a da Previdência, no Congresso Nacional.
Às 10:05, o dólar avançava 0,71 por cento, a 3,3105 reais na venda, depois de ter atingido 3,3152 reais na máxima do dia. O dólar futuro avançava cerca de 0,55 por cento.
- Os mercados aguardam novos desdobramentos mesmo acreditando que a agenda reformista e a política de responsabilidade fiscal não serão desmontadas, independente de Temer continuar ou não… Ainda assim, o ambiente indefinido gera desconforto – avaliou a Advanced Corretora em comentário a clientes.
O empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, disse em entrevista à revista Época que Temer é chefe da “maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil” e que ele usa a máquina do governo para retaliá-lo.
O mercado também estava de olho na denúncia que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve fazer contra Temer, que já é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime, entre outros, de corrupção passiva.
- O desenrolar da crise no Brasil está deixando os investidores mais cautelosos – afirmou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.
O Banco Central realizará nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais –equivalentes à venda futura de dólares– para rolagem dos contratos que vencem julho.
No exterior, o dólar tinha leve alta ante uma cesta de moedas e também ante outras divisas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca.
Fonte: Reuters