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DÓLAR

O dólar fechou em alta nesta terça-feira, marcando o quarto pregão seguido de ganhos e se aproximando do patamar de 3,47 reais, em meio a temores de que o ritmo de aumento de juros nos Estados Unidos pode ser mais forte do que o inicialmente projetado, o que pode afetar o fluxo de capital global.

O dólar avançou 0,48 por cento, a 3,4693 reais na venda, depois de bater a máxima de 3,4820 reais nesta sessão. A moeda norte-americana continuou no maior nível de fechamento desde 2 de dezembro de 2016 (3,4726 reais), igual á véspera.

Nestes quatro pregões, o dólar acumulou elevação de 2,64 por cento frente ao real. O dólar futuro subia cerca de 0,70 por cento.

“Está tendo um desconforto geral”, afirmou o diretor de Tesouraria de um banco estrangeiro.

O rendimento do Treasury de 10 anos dos Estados Unidos, títulos que serve de referência para os mercados, bateu nesta sessão o nível psicológico de 3 por cento, em meio a preocupações com a crescente oferta de títulos do governo e a aceleração da inflação.

Com preços mais altos, o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode ser mais firme na trajetória de aumento de juros no país neste ano. Taxas elevadas na maior economia do mundo têm potencial para atrair recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como o Brasil.

A alta do dólar ante o real também vinha em meio ao cenário político doméstico incerto por conta das eleições presidenciais de outubro. O mercado teme que um candidato que considere menos comprometido com o ajuste fiscal se destaque.

O Banco Central vendeu neste pregão todo o lote de 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 2,04 bilhão de dólares do total de 2,565 bilhões de dólares que vence em maio.

Se mantiver esse volume diário e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

Fonte: Reuters



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