O dólar mantinha nesta quarta-feira a trajetória de alta dos dois pregões anteriores sobre o real, ainda em movimento de correção após a forte queda do início do ano e em sintonia com o fortalecimento da moeda norte-americana no exterior.
Às 10:32, o dólar avançava 0,24 por cento, a 3,2365 reais na venda, depois de acumular alta de 0,71 por cento nas duas sessões passadas. Ainda assim, mantinha desvalorização de 2,58 por cento no acumulado do ano até a véspera.
O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,40 por cento.
- O mercado testou o nível de 3,20 reais e resistiu. Acho que deve oscilar entre esse patamar e 3,25 reais até que haja alguma definição no noticiário – avaliou o gerente de tesouraria do Banco Confidence, Felipe Pellegrini.
O mercado continuava sob a expectativa de acontecimentos na esfera política no país. Um deles é a votação da reforma Previdência, marcada para o dia 19 de fevereiro na Câmara dos Deputados, e os esforços do governo do presidente Michel Temer em garantir apoio político ao tema, bastante polêmico sobretudo num ano eleitoral.
Mas as dificuldades continuavam. Na véspera, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse a que não será fácil votar a reforma até o prazo previsto.
- Acho que o mercado precificou a não votação. Mesmo assim, se não for votado, pode trazer algum desconforto, mas de forma pontual – avaliou Pellegrini.
No exterior, o dólar operava em alta ante uma cesta de moedas e sobre o euro, depois de a moeda única ter renovado mais cedo nova máxima de três anos e meio com parte dos investidores reforçando as apostas de valorização ainda que algumas preocupações de autoridades nesta semana tenham afetado o otimismo.
O dólar também subia ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e a lira turca.
Fonte: Reuters