Culturas Diversas

DIVERSIFICAÇÃO DE CULTURAS

Não é só de pêra, uva e maçã que se faz uma salada mista. Com uma diversidade de fauna e flora enormes, o Brasil possui várias frutas típicas em determinadas regiões que podem ser consideradas exóticas em outros lugares. Há também as cultivares populares em outras partes do mundo, mas que ainda são pouco conhecidas no país. Pensando nisso, separamos sete frutas que são um pouco diferentes – e reunimos dicas para plantá-las. Confira:

Abiu

Fruto do abieiro (Pouteria caimito), o abiu também é conhecido como abiu-do-pará, visto que foi muito popular no Pará até a década de 1960. A fruta possui nutrientes como potássio, cálcio, fósforo magnésio e ferro. Sua polpa é gelatinosa, doce e translúcida – envolvendo de uma a cinco sementes lisas – e pode ser consumida in natura. Saiba como plantar abiu.

Umbu

Nativo do Semiárido brasileiro, o umbu (Spondias tuberosa Arruda) é classificado como uma boa alternativa de produção para incrementar a renda do produtor. A fruta é muito consumida in natura, mas também pode ser usada para a fabricação de sucos, néctares, polpas, doces, geleias, compotas e sorvetes. A fruteira possui raízes que armazenam água, tornando sua irrigação menos rígida. Além disso, a espécie é pouco exigente em adubação. Aprenda a cultivar umbu.

Muricato

São muitos nomes que a fruta possui: melão-andino, pepino-doce, pera-pepino, melão-pera, pera-melão, melão-de-árvore, melão-arbusto, muricato e meloncito. Apesar de tantas nomenclaturas, a espécie (Solanum muricatum) é uma hortaliça-fruto pouco consumida no Brasil. Seu sabor é doce e refrescante, ideal para utilizar em sucos, sobremesas ou in natura. As cascas secas e cortadas também podem ser aproveitadas em saladas. Comum em países vizinhos da América do Sul, a fruta pode agregar a produção agrícola. Leia como plantar muricato.

Bacuri

O fruto pode ser encontrado na Ilha do Marajó, na foz do Rio Amazonas, até o Piauí, seguindo a costa do Pará e do Maranhão, onde é muito usado em receitas culinárias típicas da região Norte e Nordeste. Rico em potássio, fósforo e cálcio, também pode ser consumido in natura. A cultura tem condições de se adaptar à agricultura familiar, podendo iniciar a produção com quatro a cinco anos de idade. Entenda como cultivar bacuri.

Canistel

Introduzido no país em 1985 pela Embrapa, o canistel (Pouteria campechiana) tem bom valor comercial. A fruta é rica em vitamina A, niacina e caroteno. Ela pode ser utilizada em receitas de confeitaria e batidas com leite ou sorvetes, como é comum no México, onde é originária. Por causa de seu cheiro característico e consistência pegajosa da polpa, o consumo in natura não agrada todos os paladares. Saiba como cultivar canistel.

Murici

De porte pequeno, o murici é uma frutífera que tem cheiro e sabor bem inusitado: lembram queijo. Ele possui fibras e minerais, como potássio, cálcio, magnésio e zinco, além de vitamina C. A espécie é pouco produzida no Brasil, e fica disponível nos mercados, principalmente, na época da safra. Seu cultivo pode contribuir com o resgate da espécie na fruticultura nacional. Aprenda a plantar murici.

Physalis

Usada na culinária, principalmente na confeitaria para enfeitar bolos e doces, a frutinha é uma ótima alternativa de plantio, oferecendo lucros para o pequeno e médio produtor. Com ciclo rápido e rústico, ela pode ser plantada durante o ano todo e suporta bem climas mais quentes, mas não tolera o frio. Ela também é conhecida como camapum, saco-de-bode, mulaca, joá e joá-de-capote. Pequena, redonda e de cor verde, amarela, laranja ou vermelha, nasce em arbusto de caule ereto e ramificado. Leia como cultivar physalis.

Fonte: Globo Rural



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