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Divergência de propostas para novos pedágios preocupa setor produtivo

A novela envolvendo a concessão de pedágio do Anel de Integração no Paraná, que começou em 2018, ainda na primeira gestão do governador Carlos Massa Júnior, não tem prazo para terminar. As propostas dos governos federal e estadual são divergentes, gerando apreensão ao setor produtivo. Um novo capítulo ocorreu durante uma reunião, em Brasília, no dia 9 de fevereiro, entre o ministro do Transporte, Renan Filho; a deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann; o gerente jurídico da FAEP, Klauss Dias Kuhnen; integrantes da Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep); e técnicos do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná (UFPR), quando as propostas voltaram a ser debatidas.

Segundo o coordenador da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, deputado estadual Arilson Chiorato, o modelo atual de pedágio passará por mudanças e não é descartada a definição de uma nova modelagem. “Argumentos técnicos embasam as tomadas de decisão e a luta por mudanças na modelagem do pedágio ou até por um novo modelo

econômico avança”, afirma Chiorato. “Estamos trabalhando por uma melhor proposta que atenda o interesse do usuário, ou seja, tarifa de pedágio com preço justo e garantia das obras, no menor tempo possível”, destaca o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli, que também estava presente na reunião.

A proposta de um novo modelo tem base em análises técnicas dos contratos de pedágio que vigoraram entre 1997 e 2021. De acordo com o diagnóstico da Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Alep, há diversos problemas, como, por exemplo, o fato de que apenas 51% das obras listadas no contrato anterior foram cumpridas.

“O governo federal pensa diferente do governo estadual. Isso traz preocupação para a FAEP, pois estamos começando a colher uma safra excepcional com as estradas complicadas”, destaca o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette. “Independentemente da proposta, precisamos que cheguem a um consenso para que o processo ande o mais rápido possível. Já estamos há mais de um ano sem pedágio [desde 28 de novembro de 2021] e as estradas estão precárias, atrasando o desenvolvimento do Paraná”, complementa.

A referência quanto à condição das rodovias está relacionada aos incidentes geológicos registrados nas BR-277, BR-376 e Estrada da Graciosa no final de 2022, que provocaram a interdição parcial e/ou total das vias rumo ao litoral do Estado. Desde então, os motoristas levam até seis horas para percorrer os 100 quilômetros entre Curitiba e Paranaguá. Além disso, ao longo de janeiro e fevereiro, há restrição de horários para o trânsito de veículos de carga neste trecho.

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Fonte: Sistema FAEP



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