Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla, em inglês) indicam que a área destinada para o cultivo de soja deverá alcançar 35,61 milhões de hectares na temporada 2017/18. Para Hélio Sirimarco, vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Brasil e Estados Unidos vão entrar em uma “disputa” pelo mercado da oleaginosa.
- Vai aumentar a competição, pois a tendência é que a produção brasileira também cresça. Vamos ver como fica a demanda. A competitividade da soja brasileira depende muito do comportamento do dólar, que também impacta a competitividade do produto americano – disse Sirimarco em entrevista à SNA.
O dirigente da entidade explica que a relação de preço entre a soja e o milho é o principal fator que impulsiona os números da área de soja.
- Nos atuais níveis de preços, com base na Bolsa de Chicago, a relação está próxima de 2,75 – nível que estimula o plantio da soja em detrimento do milho. Isso muda quando essa relação cai para 2,00 ou para abaixo desse número. –
Além da soja, Outro tipo de efeito que os EUA podem causar ao agronegócio brasileiro, na opinião do vice-presidente da SNA, está relacionado à decisão do governo Trump de retirar seu país do Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica (TPP, na sigla em inglês) e de reavaliar o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, o Nafta.
Fonte: InfoMoney