Discutir os gargalos e as questões estratégicas do setor agropecuário na região Centro-Oeste, este é o objetivo da terceira edição da Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central, que acontece nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, em Campo Grande (MS). O evento foi lançado nesta quinta-feira (16/7), na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília (DF), e acontece a cada dois anos, com a participação da CNA e das Federações da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (FAPE-DF), Goiás (FAEG), Mato Grosso (FAMATO) e Mato Grosso do Sul (FAMASUL).
Nesse ano, as discussões estarão voltadas para três temas: competitividade, sustentabilidade e tecnologia e inovação. Neste contexto, serão abordados temas como infraestrutura e logística, pesquisa, climatologia, educação, qualificação profissional e mão de obra, entre outros. “Temos três estados importantes na produção agropecuária nacional. Há ainda o Distrito Federal, que apesar de não ser grande como os outros estados, tem grandes resultados em termos de produtividade”, destacou o secretário executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Daniel Carrara, no lançamento da Bienal.
Segundo ele, outro objetivo da Bienal é aproximar ainda mais o campo da cidade.
- Em uma época que o Brasil não tem boas notícias, nosso setor continua trazendo boas notícias e bons números. No entanto, sofremos acusações que nem sempre são verdades. Precisamos mostrar isso para que a sociedade entenda nossa importância – complementou.
De acordo com o presidente da FAPE-DF, Renato Simplício, o Centro-Oeste tem grande peso na agropecuária nacional, respondendo por 60% da produção de milho e algodão e 40% da produção de soja do país.
Com o a importância da região na agropecuária brasileira, ressaltou Simplício, os produtores terão papel fundamental para que o Brasil atenda à demanda mundial por alimentos, diante do crescimento da população e da melhoria de renda no mundo.
- Temos de estar preparados para este desafio – afirmou.
O superintendente do SENAR/DF, Ivo Jacó, falou sobre o potencial produtivo do DF e da importância da interação entre produtores e o sistema sindical rural para fortalecer o setor agropecuário. Para superintendente do SENAR/GO, Eurípedes Bassamurfo, o produtor precisa estar sempre buscando melhorar sua capacidade de produção.
Já o diretor geral da Faculdade de Tecnologia CNA, Abdon Soares de Miranda Júnior, falou sobre a importância da educação para o crescimento do setor agropecuário, afirmando que “o campo tem tudo para fazer a diferença”. Por último, o superintendente do SENAR/MS, Rogério Beretta, apresentou a programação da Bienal e falou dos resultados das edições anteriores do evento, realizadas em Goiânia (2011) e Cuiabá (2013). Após a primeira edição, lembrou, foi produzido um amplo documento sobre infraestrutura, identificando os gargalos da região. Na segunda, o tema em questão foi sucessão familiar.
- As Bienais não se resumiram em participar e ir para casa – acrescentou.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA