O diesel representa 38,4% do custo do frete em produtos do agronegócio. É o que aponta um estudo feito por um grupo de pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Logística (Esalq-Log) da Universidade de São Paulo (USP). Logo na sequência dos maiores gastos aparecem mão de obra (14,5%), manutenção (12,4%), seguro (7,7%) e pneus (7,3). O levantamento usa como parâmetro uma distância hipotética de 1000 km em um veículo típico de transporte de grãos. De acordo com os dados da pesquisa, o reajuste no preço do óleo diesel traz um aumento imediato aos prestadores de serviço. Isso ocorre porque os contratos de transporte estabelecem cláusulas de reajustes conforme alterações nos preços de combustível e pedágio. “No período de janeiro de 2017 até maio de 2018, os preços de óleo diesel nos postos acumularam altas de 13%, 16,1% e 14,9% nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Paraná, respectivamente”, diz o estudo.
O levantamento também analisou o aumento dos custos em rotas específicas. No caso paranaense, o caminho estudado foi o trajeto Toledo-Paranaguá. Os veículos de transporte nesse trecho gastaram 5,23% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Vale lembrar que este estudo foi finalizado antes das negociações decorrentes da greve dos caminhoneiros, que trouxe como resultado uma redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel.
O maior reajuste percentual ocorreu no caminho Sorriso, no Mato Grosso, para o terminal hidroviário de Itaituba, no Pará, 5,7%. Na segunda posição dos maiores aumentos está um trecho que também sai de Sorriso, mas que segue até o terminal ferroviário de Rondonópolis, 5,3%.
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Fonte: Sistema FAEP