As mudanças climáticas poderão trazer para o Paraná dias mais quentes e secos nos próximos 25 anos – especialmente para as cidades da região norte. A afirmativa faz parte do projeto “Vulnerabilidade à Mudança do Clima”, coordenador pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Ministério do Meio Ambiente.
Entre as consequências das mudanças pode-se mencionar, conforme o projeto, a proliferação de vetores, como o Aedes Aegypti (mosquito da Dengue, Zica, chikungunya e febre amarela), e, consequentemente, o aumento no número de doenças atreladas à elevação da temperatura.
Vale citar ainda a diminuição da biodiversidade, em virtude das alterações no ciclo reprodutivo de plantas e animais, e os efeitos do clima na agricultura.
Segundo o estudo, nas regiões norte e nordeste poderá ter aumento de até 5,6°C na temperatura e diminuição de 18% no volume de chuvas.
Quando se fala em chuva, por exemplo, em Alvorada do Sul, deve haver uma redução de 17% e em Porecatu uma queda de 18% para os períodos de estiagem.
As previsões indicaram que os municípios do norte foram os mais expostos à mudança do clima, devido o clima mais seco e a destruição da vegetação nativa.
Em contrapartida, nas regiões sul e sudeste deve aumentar o volume de chuva. De acordo com a pesquisa, a cidade de General Carneiro poderá ter 20% de acréscimo na pluviosidade, e Palmas 18%.
Ainda conforme as projeções feitas pelo projeto, o reflexo na região sudeste do estado será em relação ao número de dias secos consecutivos no ano. Este fenômeno é medido pelo chamado índice CDD.
Fonte: G1 – PR