A inda com números a enxugar nas contas, para acompanhar a redução no orçamento, a Emater abrirá nesta semana a segunda fase do programa de desligamento incentivado. Diferentemente da primeira etapa, que tinha um público específico elegível à adesão, a medida, agora, estará aberta a todos os 2,5 mil funcionários da entidade. Durante um mês, de 10 de julho a 10 de agosto, poderão se voluntariar à demissão.
O presidente da Emater, Clair Kuhn, garante que não existe número específico de cortes e que a economia gerada dependerá de quem irá sair. Ou seja, dos salários de quem entrar no programa. A média da entidade, com os encargos, é de R$ 6,5 mil. Na primeira fase, 105 pessoas aderiram. Essas e outras 25 demissões, irão gerar economia anual de R$ 13 milhões.
— É uma necessidade, temos uma empresa cujos recursos diminuíram. Precisamos nos readequar — argumenta Kuhn.
A folha de pagamento consome anualmente R$ 221 milhões. Para 2015, o repasse vindo do Estado será de R$ 140,9 milhões — o valor inicialmente era de R$ 180 milhões. Há ainda outras fontes de receita para a Emater, como os convênios com o governo federal, por exemplo.
O presidente da Associação dos Servidores da Ascar-Emater (Asae), Osvaldo Guadagnin, entende que o corte sem a reposição das vagas pode comprometer o trabalho da entidade — presente em 494 dos 497 municípios do Estado e com ação sobre 226 mil famílias:
— Estamos voltando a ficar pequenos de novo. Diminuindo a Emater, vamos reduzir o número de pessoas assistidas.
Fonte: Zero Hora