A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) é copromotora da Expointer desde 1999, quando os portões do Parque Assis Brasil, em Esteio, foram abertos para a agricultura familiar. De lá para cá, o espaço se consolidou. Nesta 39ª edição, a Federação e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, com o apoio da Emater, organizaram a participação na 18ª Feira da Agricultura Familiar de 180 empreendimentos, de um total de 227. No pavilhão, também é possível conhecer o trabalho das escolas do campo, onde a Fetag trabalha com a Secretaria Estadual de Educação.
Dos 227 empreendimentos, cerca de 75% são agroindústrias (170 estandes), 19% artesanatos (44 estandes), 4% plantas e flores (oito estandes) e 2% de cozinhas (quatro estandes). Em relação ao público que frequenta o pavilhão, mulheres e jovens representam 87%, o que demonstra a importância das agroindústrias na sucessão rural.
A Expointer representa um espaço fundamental para mostrar a importância da agricultura e da pecuária do Estado à sociedade. E com a agricultura familiar não é diferente. É a oportunidade de exibir a pujança e os frutos do trabalho no espaço da Agricultura Familiar, considerado o “xodó” do parque. As feiras, em geral, servem para dar visibilidade e alavancar os negócios, tendo em vista que no começo, as dificuldades dos empreendedores são enormes.
A importância que a Fetag dá para as agroindústrias familiares se insere no Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), que visa organizar a produção e agregar valor. Na agroindústria, é possível realizar um trabalho de integração da família, em especial com a juventude, o que faz com que os jovens permaneçam no campo. Existem casos em que mais de uma família atuam na mesma agroindústria, potencializado o resultado, através de um modelo cooperativado.
Além disso, é preciso destacar que o pequeno produtor movimenta bastante dinheiro na Expointer. A pecuária familiar é outro segmento que vem se destacando nos últimos anos com várias premiações, tanto no gado de leite, quanto de corte e nos ovinos.
O dinamismo deste campo gaúcho é espelhado pela diversidade de produtos ofertados aos consumidores do parque, aliando saberes e sabores de diferentes regiões e origens, característica única do nosso Rio Grande do Sul.
Fonte: Zero Hora