Depois de obter um ajuste de cinco centavos no último dia de setembro, o frango vivo comercializado no interior paulista abriu o décimo mês do ano obtendo novo e sucessivo ajuste no mesmo valor. Rompeu-se, assim, uma estagnação de preço que vinha desde o final de março e que, portanto, corria o risco de entrar no sétimo mês, sugerindo haver total rompimento da tradicional relação de preços entre frango vivo e frango abatido.
Não que os ajustes registrados joguem por terra essa tese. Mas o simples fato de a reação da ave viva ter se antecipado à do frango abatido indica que o abastecimento se encontra bastante restrito, seja por menor disponibilidade do vivo, seja por esgotamento dos estoques anteriores do abatido.
De toda forma, após essas duas altas sucessivas, o preço se manteve estável em R$2,60/kg e assim permaneceu nos seis dias de negócios da semana. O que, ressalte-se, não reflete o comportamento do mercado, que se manteve firme durante todo o período.
A registrar, ainda, que esse movimento atinge também – e de forma incisiva – o frango abatido. Que encerrou a primeira semana de outubro obtendo um ajuste de, praticamente, 10% sobre o último preço de setembro.
E como essas altas devem se intensificar no decorrer desta semana, o frango vivo tende a acompanhar, obtendo pelo menos mais um ajuste antes do encerramento da quinzena.
Isso, aliás, é mais do que necessário. Porque, como demonstra o quadro que íntegra o gráfico abaixo, a atual cotação se encontra, em termos reais, entre 71% e 82% dos valores alcançados nos quatro anos passados no mês de outubro. Ou seja: este é o pior outubro do último quinquênio.
Fonte: Canal do Produtor