Quando o ano começou, já era clara a percepção de que seria difícil obter a sustentação dos preços do frango vivo. Não, exatamente, porque o setor estivesse entrando naquele que é o momento mais “obscuro” do consumo, mas porque – já em dezembro e antes mesmo do Natal – o mercado entrara em processo de calmaria que (todos conhecem o processo muito bem) deveria se intensificar no primeiro mês do Novo Ano.
Dito e feito. Mais por inércia do que pelas condições de mercado, nos três primeiros dias de negócios de 2016 o produto ainda manteve a cotação de fechamento de 2015. Mas logo perdeu 10 centavos de seu preço, entrando a seguir numa estabilidade que – era a esperança – deveria ter maior duração.
Isso, porém, durou menos de 15 dias. Porque, já no terceiro decêndio de janeiro, iniciou-se processo ininterrupto de derrubada de preços com duração de uma semana, só interrompido no dia 24 (porque era domingo) e nos dois últimos dias de negócios do mês.
Resultado final: primeiro mês de 2016 encerrado com cotação de R$2,50/kg, 50 centavos a menos (ou -16,6%) que o valor de encerramento de 2015. Além disso, retorno à mesma cotação (nominal) obtida mais de 200 dias atrás, na primeira quinzena de junho do ano passado.
No mês, o preço médio alcançado pelo frango vivo ficou em R$2,76/kg, valor quase 10% inferior ao registrado no mês anterior, dezembro/15. E isso correspondeu à menor remuneração obtida pelo setor nos últimos cinco meses.
Já em comparação ao mesmo mês do ano passado, janeiro de 2016 foi encerrado com um ganho médio de 19%. Que, infelizmente, vem se diluindo. Assim, enquanto nos primeiros dias do ano esse diferencial superava os 27% (R$2,35/kg em 4 de janeiro de 2015/ R$3,00/kg um ano depois), no último dia de negócios do mês recuou para apenas 11%, índice que mal acompanha a inflação acumulada nos últimos 12 meses.
Fonte: Avisite
Fonte: Canal do Produtor