O desempenho do frango vivo nas duas primeiras semanas de 2018 (1 a 13, onze dias de negócios) não fugiu à regra: como em 2017 e em quatro dos seis anos anteriores a 2018, o período foi encerrado com retrocesso de preço em relação ao valor inicial do exercício. Ou seja: entre 2012 e 2017 as exceções só ocorreram em 2014 e 2015. Mas porque a queda de preço demorou um pouco mais. Porém, também aconteceu.
No momento, o frango vivo negociado no interior paulista alcança um valor médio quase meio por cento superior à média de janeiro de 2017 – um resultado até certo ponto surpreendente, pois desde dezembro de 2016 os preços do frango vivo vêm se mantendo negativos em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Infelizmente, porém, esse ganho é passageiro, irá reverter-se nos próximos dias, ainda que a cotação alcançada permaneça no nível atual. E isso não tem nada de estranho, é fato praticamente histórico em relação ao mês de janeiro.
Mesmo a manutenção, no entanto, tornou-se possibilidade um tanto quanto remota, especialmente se levada em consideração a relação de preços entre o frango vivo e o abatido.
Há um ano, nesta mesma ocasião, o frango abatido (base: inteiro resfriado negociado no Grande Atacado da cidade de São Paulo) era comercializado por valor cerca de 28% superior ao alcançado pela ave viva. Neste ano essa relação está em apenas 17% (frango vivo: R$2,60/kg; frango abatido: R$3,05/kg).
Essa relação tende a um ajustamento a favor do frango abatido no decorrer do mês. Não, porém, pela valorização da ave abatida e, sim, por novas desvalorizações da ave viva.
Fonte: Avisite