Não acontecendo nada de inesperado, o frango vivo comercializado no interior paulista chega hoje, 14, à metade do mês de fevereiro completando exatos 30 dias com a mesma cotação: R$2,50/kg, valor que permanece como referência do setor desde 16 de janeiro passado.
“Valor de referência”, explica-se, porque aplicável apenas ao produto programado, hoje correspondente à maior parte da produção do Estado.
Ou seja: as ofertas sem destinação previamente definida – vindas de (poucos) produtores independentes e de integrações – sujeitam-se a valores inferiores, pois o mercado é fraco. A despeito de a primeira metade do mês ser, normalmente, o melhor período de vendas do mês.
Em outras palavras, o mercado não vem apresentando o comportamento habitual de todo mês. Nem mesmo o de fevereiro do ano passado, ocasião em que, nesta data, o frango vivo experimentava valorização de 8% em relação ao preço inicial do mês (os mesmos R$2,50/kg de hoje) e entrava em um período de estabilização que se estendeu até meados de março.
Sem ter registrado a reação de um ano atrás, agora até a continuidade dessa estabilidade de 30 dias é posta em dúvida. Porque, especialmente, hoje começa a Quaresma, período religioso em que o consumo de carnes ainda experimenta alguma restrição.
É verdade que, em 2017, a estabilidade do frango vivo se manteve depois do Carnaval, persistindo nos primeiros 12 dias de Quaresma e até propiciando breve alta de preços na seqüência.
A diferença é que, lá, a Quaresma começou no primeiro dia de março e, assim, seu início coincidiu com o período de maior demanda do mês. Agora, ela coincide com o momento de declínio da demanda. Portanto, há muito pouco a esperar.
Fonte: Avisite