A consultoria INTL FCStone vê risco de desabastecimento de diesel no Brasil no último trimestre deste ano, quando sazonalmente a demanda do agronegócio cresce, devido ao atraso e às incertezas relacionadas ao pagamento de subsídios prometidos a refinarias e importadoras do combustível.
Desde o lançamento do programa de subsídios ao diesel, a agência reguladora ANP, responsável pelos pagamentos, liberou apenas 185.749 reais para poucas companhias. A Petrobras, por exemplo, ainda não recebeu e espera até 2,5 bilhões de reais em duas semanas, informou a Reuters na véspera.
Neste cenário, ressaltou a consultoria, “a importação privada está paralisada e a Petrobras é praticamente o único agente a trazer produto para o Brasil, salvo raras exceções”.
“Caso não haja mudança na política de precificação de diesel por parte da ANP e o início do pagamento da subvenção teremos desabastecimento de diesel nos últimos meses do ano ou a Petrobras terá que arcar sozinha com o prejuízo de suprir a totalidade do mercado brasileiro com arbitragem negativa”, disse em nota o chefe de Petróleo, Gás e Derivados da INTL FCStone, Thadeu Silva.
Fonte: Reuters