O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou a projeção de soja no estado para a safra 21/22. O grão teve redução de 39% na produção em relação ao potencial de 21 milhões de toneladas.
Nesta quinta-feira, dia 27, a primeira Previsão de Safra Subjetiva (PSS) deste ano foi apresentada pelos técnicos do órgão, onde foi informado que, o milho de primeira safra tem perdas de 36%, e o feijão terá 31% a menos na produção em relação à projeção. As perdas monetárias para os produtores do Paraná serão em torno de R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões.
A estiagem aliada ao calor intenso no ambiente e no solo foram a causa da redução de produção e perda de renda.
“Conforme vínhamos nos posicionando desde final de dezembro, há um efeito negativo intenso na produção agrícola, nós perdemos muita produção com essa estiagem prolongada, essa escassez hídrica, essas altas temperaturas no ambiente, no solo, provocaram perdas de elevada monta em culturas como soja, milho, feijão, tabaco, produção de silagem para alimentação de gado de leite, produção de hortaliças, de frutas, pastagens, enfim, toda forma de vegetação sofreu e sofre” – disse o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
Segundo ele, as perdas já provocam impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB), visto que o agro é a base da economia do Paraná.
“Embora não tenhamos fechado todos os dados e todo tipo de perda, esse impacto está entre 25 e 30 bilhões de reais, de coisas que não estão sendo produzidas”, afirmou Ortigara. “É um quadro realista, é um quadro de perda, que provoca impacto, traz desconforto, traz desarticulação da cadeia de renda do agricultor, mas estamos trabalhando junto com o governo federal para minimamente socorrer, apoiar, incentivar os nossos agricultores nas suas necessidades para que continuem produzindo.”
O chefe do Departamento de Economia Rural, Salatiel Turra, acredita que a redução divulgada na estimativa feita pelo departamento, é bastante impactante para as culturas de soja, milho e feijão.
“Principalmente a soja, que corresponde a mais de 90% da área plantada de grãos no Estado do Paraná”, salientou Turra. “Qualquer redução de produção impacta diretamente na economia local e regional, pois o Paraná é um Estado bastante ligado ao agronegócio.”