Cerca de 300 funcionários da unidade da empresa de carnes Peccin, em Curitiba, receberam aviso prévio nesta terça-feira (28), de acordo com o Stimalcs, sindicato que representa a categoria. Segundo Juarez Adão Couto, presidente da entidade, o frigorífico – um dos quatro interditados pelo Ministério da Agricultura e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – alegou problemas com o bloqueio financeiro determinado pela 14ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, que autorizou a Operação Carne Fraca.
O líder sindical também informou que o adiantamento salarial dos funcionários, que deveria ser depositado no último dia 20, está atrasado.
- Nós vamos fazer as rescisões, para que os trabalhadores tenham acesso ao fundo de garantia e ao seguro-desemprego – explicou.
Segundo o relatório da Polícia Federal, a Peccin é acusada de estocar carne em local sem refrigeração, usar carne em seus produtos em quantidade muito menor do que a descrita ao consumidor e falsificar notas de compra do produto. A empresa nega as irregularidades.
Nesta segunda-feira (27), a empresa já havia dado aviso prévio para 177 funcionários que trabalham na unidade da empresa em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina.
A empresa não se manifestou sobre as demissões. Fundada em 2007, em Curitiba, a Peccin produzia 150 toneladas diárias de derivados de frango, porco e embutidos em geral, através das marcas Peccin e Itali Alimentos.
Fonte: Gazeta do Povo