Durante debate realizado em audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), do Senado Federal, parlamentares e representantes do setor produtivo falaram sobre os impactos negativos da indústria, principalmente da química, no agronegócio.
Presente à audiência, o presidente da Associação dos Funcionários do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Saulo da Costa Carvalho, defendeu o uso de defensivos genéricos para reduzir os custos na agricultura. Segundo ele, apesar de os genéricos serem uma boa opção, há carência de pesquisadores para a aprovação do uso desse tipo de produto.
“A inovação tem que ser uma opção, que valham você fazer esse aporte maior, como genérico, como os similares. Qual é o nosso problema na análise? O número reduzido de pesquisadores, porque ele só pode ser feito por pesquisadores mesmo”, disse à Agência Senado.
O senador Lasier Martins concordou que faltam recursos para o desenvolvimento de novas tecnologias no campo.
“Mas temos pouca oportunidade de ingressar no ramo das novas tecnologias por dificuldades que são conhecidas em todos os setores do Brasil. Faltam recursos”, admitiu.
Já o representante do Ministério da Agricultura Rafael Mafra rebateu as críticas de que há uso indiscriminado de defensivos agrícolas no Brasil. Ele ressaltou que esses produtos passam pela aprovação de vários órgãos reguladores antes de serem comercializados.
“Não existe o uso indiscriminado. No último exame que a Anvisa fez, em 2015, houve apenas 3% de uso não autorizado de agrotóxico. A quantidade de agrotóxico presente nos alimentos é segura para o ser humano e para o meio ambiente”, argumentou.
Os participantes da audiência também destacaram a necessidade de que sejam tomadas medidas para diminuir a fila de produtos do agronegócio que aguardam pelo registro de patente.
Fonte: DATAGRO