A decisão da China sobre se retomará as compras ou manterá a proibição de importação de aves de países que registraram casos de influenza aviária será chave para definir o futuro do mercado global de frangos e a participação dos exportadores brasileiros do produto neste mercado, avaliam analistas do Rabobank em relatório divulgado à imprensa na quinta-feira (21).
A China é o maior importador global de aves reprodutoras e um importante importador de cortes de frango, de forma que sua decisão afeta todo o mercado de aves mundial.
O Rabobank considera dois possíveis cenários relacionados à decisão da China.
O mais provável, segundo o banco, é que a China mantenha o embargo às aves reprodutoras de países que registraram casos de gripe aviária, como os Estados Unidos, durante o primeiro semestre de 2016, de forma que só poderia importar frangos reprodutores da Nova Zelândia, onde a produção é limitada.
Nesse cenário, Brasil e Argentina seriam os exportadores melhor posicionados para se beneficiar das vendas de carne de frango ao país asiático.
- O Brasil se tornou o maior exportador de frango para a China em 2015 – disse o banco. Além do Brasil e da Argentina, outros potenciais fornecedores que estão agora no processo de aprovação para exportações diretas para a China incluem a Polônia, a Holanda e o Reino Unido – afirmou.
O Rabobank acredita que mesmo que o embargo aos EUA for derrubado no segundo semestre de 2016, as importações de frangos reprodutores pela China em 2016, como um todo, será muito menor que nos anos anteriores, e o país asiático enfrentaria baixa produção de carne de frango até o início de 2018.
No outro cenário, em que a China derruba parcialmente embargos a produtos dos EUA e de outros países ainda no primeiro semestre de 2016, os EUA se beneficiariam enquanto as vendas do Brasil tenderiam a cair.
Fonte: CarneTec