Com um roteiro de 2 mil quilômetros pelo Corn Belt, o cinturão produtivo dos Estados Unidos, a Expedição Safra completa dez anos de estrada e dá largada à temporada 2015/16 com a sondagem da colheita no país norte-americano, que já alcança 77% da área plantada, segundo os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A perspectiva é de que se confirme uma safra cheia, apesar de todos os problemas climáticos enfrentados pelos produtores ao longo do ciclo.
A produção norte-americana da oleaginosa está estimada em 105,8 milhões de toneladas, redução ante a expectativa de 107,1 milhões de toneladas. O corte acompanha a queda na área plantada do grão no país, de 33,8 milhões de hectares para 33,3 milhões de hectares. No caso do milho, os EUA deverão colher cerca de 344,31 milhões de toneladas, produção menor em relação à temporada passada, quando o país colheu 345,07 milhões de toneladas do cereal.
Embora reduzidos, os resultados apontam para a superação de problemas enfrentados durante a fase de plantio, quando a região Leste do Corn Belt sofreu com condições climáticas adversas, com alagamentos em diversos pontos. “Confirmada a safra volumosa, o grande desafio dos EUA será a comercialização de todos esses grãos, uma vez que, ao contrário do cenário brasileiro, favorecido pela desvalorização do real, o preço das commodities encontra-se em queda na Bolsa de Chicago, não chegando a cobrir o custo de produção em alguns casos”, analisa Giovani Ferreira, coordenador da Expedição Safra e do Núcleo de Agronegócio Gazeta do Povo.
A equipe de técnicos e jornalistas percorre os três estados que concentram um terço da produção de soja e de milho norte-americana. Em Iowa, estado que conta com um dos melhores solos do país, deverão ser colhidos mais de 70 milhões de toneladas de soja e de milho. Já em Illinois, segundo no ranking nacional de produção, está abrigado o maior centro de negociação de commmodities do mundo, a Bolsa de Chicago. O estado colhe aproximadamente 65 milhões de toneladas de soja e de milho todos os anos. Por fim, em Indiana, o quinto maior produtor de grãos dos EUA, boa parte de sua produção, que soma cerca de 30 milhões de toneladas de grãos, é utilizada para alimentar uma grande indústria de carne de aves e suínos e de produção de leite.
Fonte: Gazeta do Povo
Fonte: Canal do Produtor
