Produtores de trigo do Rio Grande do Sul começaram a avaliar nesta segunda-feira a extensão dos prejuízos nas lavouras causados por duas geadas consecutivas do final de semana.
- Na noite de sexta para sábado a geada foi bem forte. Domingo também teve alguma coisa. O trigo vai ter alguma perda, mas nesse primeiro momento fica difícil identificar – disse o gerente comercial da Cooperativa Tritícola de Santo Ângelo (Cotrisa), no noroeste gaúcho, Pedro Aguiar.
O Rio Grande do Sul é o segundo principal produtor de trigo no país, e 80 por cento das lavouras do Estado estão nas fases de floração e enchimento de grãos. O frio intenso pode gerar congelamento da seiva, prejudicando o crescimento ou até levando à morte das plantas. São necessários alguns dias até que os danos tornem-se visíveis.
- Prejuízos, sem dúvida nenhuma, aconteceram. A dimensão dos prejuízos eu não arriscaria. Agora que o pessoal vai começar a observar – disse o especialista em trigo Ataides Jacobsen, professor da Universidade dePasso Fundo. Pode ter sido pequeno, mas pode ter sido bem grande – completou ele.
Os agricultores já estavam alertas para a possibilidade de geada, pois a previsão meteorológica apontava para frio abaixo de 4 graus Celsius, céu claro e pouco vento, que são as condições para a ocorrência de geada.
Fonte: Reuters