O projeto Rentabilidade no Meio Rural em Mato Grosso desenvolvido pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar/MT) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) já está em campo para levantar o custo de produção das principais atividades agropecuárias de Mato Grosso em 2016.
Este ano, o projeto vai levantar os custos de produção da bovinocultura de corte e leite, piscicultura, da produção de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar e de florestas plantadas de teca e eucalipto. Para isso, uma equipe formada por técnicos das entidades está visitando todas as regiões de Mato Grosso e realizando painéis de custo de produção com produtores, consultores, técnicos, revendedores de máquinas e insumos agrícolas e demais elos da cadeia produtiva.
- Nesses painéis nós montamos uma propriedade fictícia, embasada na propriedade típica da região. Com a área, o maquinário, a quantidade de fertilizantes, defensivos e sementes utilizados, o número de funcionários, as benfeitorias realizadas, os índices zootécnicos e agronômicos, dentre outras características. Ao final da reunião, geramos uma planilha e apresentamos o resultado aos participantes. Quando nossos técnicos retornam, nós finalizamos a planilha e a atualizamos mensalmente com os preços dos insumos, dólar, etc. Assim temos o custo de produção sempre atualizado – explica o superintendente do Imea, Daniel Latorraca.
Criado em 2013, o projeto Rentabilidade no Meio Rural em Mato Grosso tem o objetivo de levantar os parâmetros de rentabilidade das principais atividades econômicas rurais do estado.
- O nosso levantamento é regional, dessa forma os dados permitem que o produtor tenha uma referência do custo de produção da sua região. Além de consultar o levantamento no site do Imea, o produtor também pode entrar em contato conosco para tirar dúvidas e entender melhor o custo de produção da sua região – pontua o superintendente.
O projeto também possibilita a introdução de tecnologias e sistemas de produção eficientes e o fomento de políticas públicas para o setor produtivo de Mato Grosso.
- Estes custos são referência para os estudos que fazemos a pedido das entidades mantenedoras do Imea, como por exemplo, as propostas que enviamos todos os anos para o Plano Agrícola e Pecuário, as discussões sobre preço mínimo e linhas de créditos, entre outros – acrescenta Latorraca.
URTE- O levantamento do custo de produção de sistemas de Integração Lavoura Pecuária e Floresta (ILPF) dentro das Unidades de Referência Tecnológica e Econômica (URTE), áreas demonstrativas que estão localizadas em propriedades rurais em que são realizados trabalhos de pesquisa e validação de tecnologia pela Embrapa, teve sua origem no projeto Rentabilidade no Meio Rural em Mato Grosso.
- Todos os anos apresentamos os resultados de rentabilidade e custo de produção e a viabilidade econômica dos sistemas integrados que acompanhamos. Este projeto dura mais tempo porque inclui o item floresta que possui ciclos de até 20 anos – diz Latorraca.
Prêmio Sistema Famato em Campo- Criado no ano passado pelo Sistema Famato, o Prêmio Sistema Famato em Campo, que premiou as propriedades de pecuária de corte de Mato Grosso que adotam boas práticas na produção, também faz parte do projeto Rentabilidade no Meio Rural em Mato Grosso.
- Já estamos planejando e discutindo o prêmio deste ano e a intenção é trazermos novidades – conta o superintendente do Imea.
Fonte: Famato