Ao atingir R$2,38/kg – resultado apontado pela Embrapa Suínos e Aves para o mês de novembro passado – o custo de produção do frango correspondeu ao maior valor dos últimos oito meses. Ou seja: em 2017 encontra-se aquém, apenas, dos custos registrados no primeiro trimestre.
Comparativamente aos dois anos anteriores, o valor levantado em novembro apresenta redução de 12,50% sobre novembro/16 e de 9,39% sobre novembro/15. Porém, se considerada a média de 11 meses, os resultados são ligeiramente diferentes. Assim, o valor médio deste ano – R$2,37/kg – se encontra quase 17% abaixo da média dos primeiros 11 meses de 2016 (R$2,86/kg), mas já é 1,21% superior à média do mesmo período de 2015 (R$2,35/kg).
Como, apesar da queda neste ano, a inflação acumulada nos últimos dois anos anda em torno de 10%, o aumento de pouco mais de 1% no custo se torna desprezível. O problema é que, na venda, o frango não se valorizou nem 1%. E isso vale tanto para a ave viva como para a abatida.
Tomando como base os preços correntes em São Paulo, observa-se que em 2017, entre janeiro e novembro, o frango vivo operou na média de R$2,57/kg. E esse é, nominalmente, o mesmíssimo valor registrado no interior paulista entre janeiro e novembro de 2015.
Já o frango abatido (base: ave resfriada comercializada no Grande Atacado da cidade de São Paulo) registrou, nos primeiros 11 meses de 2017, valor médio de R$2,35/kg. E, no caso, este valor se encontra quase 1% – não acima! – abaixo da média de janeiro-novembro de 2015, período em que foi comercializado por pouco mais de R$2,37/kg.
Em síntese: ainda que a evolução dos custos não ajude, o frango permanece com preços reais decrescentes. E esse já é um fato histórico.
Fonte: Avisite