O plantio da soja está tecnicamente encerrado no Rio Grande do Sul, com a cultura na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo em 81% dos 5,9 milhões de hectares projetados para a atual safra. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (03/01), nas regiões do Noroeste Colonial, Celeiro e Alto Jacuí, as chuvas proporcionaram a ocupação dos espaços mais vazios das lavouras, o que amenizará a baixa densidade de plantas. Nessas regiões, o uso de Fipronil para realizar o controle do intenso ataque do tamanduá da soja em áreas próximas a Ijuí e Ibirubá preocupa os apicultores.
Nas regiões da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, a cultura do milho segue favorecida pelas condições climáticas e pelo manejo incentivado pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar através de técnicas de conservação do solo e da água. O milho semeado em agosto e meados de setembro nessas regiões está em fase final de enchimento de grãos.
No Estado, 39% da área de 738 mil hectares estimados para a safra atual de milho estão na fase de enchimento de grãos. Em algumas lavouras, aproximadamente 4% da área, iniciou-se a colheita do grão. As demais fases da cultura são maduras e por colher (15%), floração (17%) e germinação e desenvolvimento vegetativo (25%). Falta ainda semear 2% das áreas previstas com milho para esta safra.
Prossegue a colheita do feijão 1ª safra no Estado, com o produto apresentando boa produtividade e qualidade. Muitas lavouras que estão em colheita têm seu produto destinado ao consumo da própria família, com a venda de excedente em feiras locais do produtor. No Estado, em média, a cultura aproxima-se dos 30% da área de 41,5 mil hectares já colhidos. Outros 31% estão nas fases de enchimento de grãos ou maduros e por colher, 8% em floração e 32% em desenvolvimento vegetativo.
Com o plantio de arroz finalizado no RS, os produtores da Região Metropolitana seguem com os tratos culturais subsequentes à semeadura, assim como os relativos à fase de desenvolvimento vegetativo, controle de invasoras e pragas. De modo geral, algumas lavouras iniciam a fase de enchimento de grãos, em aproximadamente 5% da área estimada para a safra atual em pouco mais de 1 milhão de hectares. Esse percentual situa-se próximo ao verificado na média das últimas cinco safras gaúchas de arroz, quando aproximadamente 3% das lavouras estavam nesta fase. Além disso, 14% das lavouras de arroz estão em floração e 81%, em desenvolvimento vegetativo.
HORTIGRANJEIROS
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, a maioria das olerícolas de verão está em fase de plantio e crescimento vegetativo. O alho e a cebola, com colheita concluída, apresentam ótimos rendimentos e boa qualidade de bulbos. De forma geral os produtores estão colhendo hortaliças para o consumo da família. As culturas de estação quente estão com bom desenvolvimento. Os produtores realizam os tratos culturais (controle de inços, de pragas e adubação nitrogenada em cobertura) nos canteiros das hortaliças, tanto nas hortas domésticas para consumo familiar, como para as hortas comerciais. O morango segue em colheita, porém em pequena escala. Os produtores de maçã que plantaram as mudas das variedades Eva e Julieta, já iniciaram a colheita do produto. As áreas com abacaxi estão com ótimo desenvolvimento, com previsão de início de colheita a partir da segunda quinzena de janeiro. O figo está na fase de frutificação.
Na região do Vale do Rio Pardo, as temperaturas excessivamente elevadas prejudicam boa parte das espécies de hortaliças, especialmente na Região do Baixo Vale do Rio Pardo. Os sistemas (telados) para reduzir as altas temperaturas são essenciais, principalmente para culturas como alface e temperos, entre outras. Na viticultura das regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, o clima abafado provoca o surgimento de fungos, e o manejo fitossanitário preventivo tem sido a forma mais eficaz para evitar prejuízos.
Banana: Com 80% da área com a cultivar prata e cerca de 20% de cultivar caturra, os bananais da região do Litoral Norte estão em produção. Com a produtividade em torno de 10t/ha na região, a banana com ponto de colheita apresenta boa qualidade. No mercado local os preços da caixa de 20 kg da variedade prata situam-se em torno de R$ 26,00 de primeira qualidade e R$ 13,00 da segunda qualidade. Pela variedade caturra os valores são de R$ 12,00 e R$ 6,00, pela primeira e segunda qualidade, respectivamente. O preço pago ao produtor pelo quilo de banana prata orgânica tem variado de R$ 1,80 a R$ 2,00. Na venda direta, nas feiras do produtor, o preço varia entre R$ 3,00 a R$ 4,50/kg.
PASTAGENS E CRIAÇÕES
Os campos nativos e as pastagens cultivadas de verão, favorecidos pelas condições climáticas, apresentam uma boa produção de massa verde, assegurando bons níveis alimentares e nutricionais aos rebanhos.
Os rebanhos bovinos para corte apresentam boas condições corporais e sanitárias. No aspecto sanitário, destacam-se no período os cuidados visando o controle e prevenção de parasitoses causadas por vermes, carrapatos e moscas.
O manejo reprodutivo das vacas de cria, em fase de entoure e/ou inseminação artificial, ocupa uma boa parte da atenção dos criadores.
APICULTURA: O clima favorável está induzindo uma boa atividade nas colmeias e indicando uma boa produção de mel. A safra de primavera ainda está em andamento e os preços de comercialização do mel permanecem nos mesmos níveis da semana anterior.
Fonte> Emater