O inverno deste ano deve ser mais frio e menos chuvoso que o do ano passado, que teve a influência direta do El Niño. O indicativo é que neste ano tenhamos uma estação mais próxima do padrão normal, ou seja, com ondas de frio e episódios de chuvas mais intercalados. Isso se deve ao enfraquecimento do El Niño e, na sequência, possivelmente, ao início de uma fase de resfriamento das águas do Pacífico a partir da parte leste.
Esse padrão, mesmo sem garantir condições ideais, deve beneficiar as culturas agrícolas de inverno do sul do Brasil, como trigo, cevada e as frutas de clima temperado.
Vale lembrar que na safra passada as lavouras de inverno foram fortemente castigadas, ora pelo excesso de chuva, ora pelo calor efrio fora de época, ora por tempestades de vento e granizo.
Sem dúvida, a estação neste ano deve ser mais fresca que a do ano passado, inclusive com maior número de ondas de frio e episódios degeadas, muito embora sem previsão de inverno rigoroso.
Em contrapartida, o indicativo de um inverno mais frio e com geadas representa uma condição não muito favorável às pastagens no Sul, podendo afetar a pecuária, que nos últimos invernos foi beneficiada pelo clima.
Para as regiões Sudeste e Centro-oeste, tanto o outono como o inverno devem apresentar condições climáticasmuito próximas das médias climatológicas, ou seja, sem previsões de extremos, o que, em geral, beneficia as culturas de café, cana-de-açúcar e laranja.
Porém, deve se ressaltar que o fato de vir a ter um inverno mais seco neste ano no Sudeste e Centro-Oeste, diferentemente do ano passado, pode prejudicar o desenvolvimento das pastagens, com riscos para os setores de produção de carne, leite e também para o setor de hortifrútis.
Temperaturas mais baixas no outono
A principal mudança no comportamento do clima que devemos sentir neste ano se refere à redução da temperatura e da chuva. No sul do Brasil, o outono de 2016 deve ter temperaturas mais baixas que no outono passado, que foi anomalamente quente, por causa do El Niño. Inclusive neste ano, a partir de maio, já se pode esperar algumas ondas de frio, aumentando o risco de geadas em junho.
Fonte: Somar Meteorologia