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CULTIVO DE MINIPEPINO EM ESTUFAS

Assim como os minilegumes, os minipepinos são buscados por mercados exigentes em qualidade devido a características como crocância, sabor e tamanho desejado para consumo individual. Restaurantes procuram estes produtos visando oferecer produtos de qualidade diferenciada para um mercado mais exigente.
Segundo Carlos Reisser Júnior, engenheiro agrícola, doutor e pesquisador da Embrapa Clima Temperado, o valor deste produto está exatamente no sistema de produção que exige que o fruto tenha tamanho e qualidade adequados ao consumo. “Como o crescimento do fruto é muito rápido, isto determina uma atenção diária do produtor, o que lhe toma muito tempo”, considera.
A produção em estufas
A produção de pepinos é um sistema que se adaptou perfeitamente em ambientes protegidos por estufas plásticas, principalmente pela grande adaptação da espécie dentro destes ambientes.
Mesmo em locais onde o clima é adequado em termos de temperatura, a estufa proporciona condições que favorecem o aumento de produtividade e qualidade dos frutos.
“As características dos minipepinos determinam que o preço seja diferenciado, pois a mão de obra para sua colheita é muito grande, principalmente por necessitar de colheitas diárias. Como é possível obter preço diferenciado, surge a adequação da produção em estufa plástica, que é um ambiente de maior investimento, portanto, necessitando de mais recursos por parte do produtor”, expõe Carlos Reisser.
Ainda para o pesquisador, outra característica das estufas é a possibilidade de produção fora das épocas normais de cada região. Por exemplo, no Sul do Brasil o que determina o início da produção de pepinos sem proteção são as temperaturas do ar e do solo que, a partir de determinada condição, as plantas emergem e crescem. Com o uso de estufas plásticas é possível tanto antecipar como prolongar o período de início da produção, mesmo que as condições ideais deixem de existir.
Outro exemplo é a produção de pepinos na região sudeste, que se torna difícil no período de chuvas durante a primavera e o verão. Portanto, o pesquisador Carlos Reisser garante que a proteção da cultura é fundamental para estas condições.
Além dessas vantagens, como melhor qualidade e produtividade, a produção em estufas reduz a necessidade do uso de agrotóxicos tanto na quantidade como no tipo do produto. É importante lembrar que algumas pragas e doenças também se adaptam melhor a estes ambientes protegidos, como pulgões e ácaros, e oídio, além de nematoides, exigindo monitoramento constante.
Manejo
O manejo da cultura deve ser feito diariamente, com grande atenção à colheita. Normalmente, pontua Carlos Reisser, a cultura é tutorada verticalmente com telas ou fitas, e atenção importante deve ser dada também à irrigação, visto que a planta consome bastante água de qualidade, principalmente relacionada à presença de sais.
Erros
Os erros a serem evitados começam por buscar produção fora da época normal para abastecer a indústria. Normalmente, os preços para industrialização são reduzidos quando comparados à produção fresca.
Para a indústria a produção adequada é fora da proteção quando as condições climáticas são favoráveis à planta, o que reduz o custo de produção. Outro fator a ser cuidado é com relação ao manejo da estufa, que deve ser ventilada ao máximo para a redução de doenças.
Quanto custa?
O cultivo do pepino é de custo reduzido no ambiente natural, exceto quando sua produção não é destinada aos tamanhos pequenos ou mini. Para este mercado especial, que busca um produto diferenciado, Carlos Reisser destaca que a mão de obra encarece o sistema, determinando que o produtor busque preços que lhe sejam favoráveis para maximizar o lucro de sua atividade.
Outro fator importante é o conhecimento do mercado, principalmente sobre seu tamanho, pois a perda de qualidade é grande após alguns dias de armazenamento.
“Tenha na propriedade uma estufa ou local adequado à produção de mudas, nunca dentro do local de desenvolvimento da cultura para produção. A sanidade inicial da muda é fator importante no sistema. Conheça bem as características de mercado e somente produza se tiver comprador comprometido e preço acertado”, conclui o experiente pesquisador.
Fonte: Campo e Negócio

Fonte: Canal do Produtor



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