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CRISE ECONÔMICA DO PAÍS

Ao discursar nesta sexta-feira (7/7) na reunião do Brics, bloco formado pelo Brasil, a Rússia, India, China e África do Sul, o presidente Michel Temer destacou que com diálogo com a sociedade e o Congresso Nacional o país está superando a crise econômica.

- O Brasil está superando uma das crises mais graves de sua história, graças a uma ambiciosa agenda de reformas que traz de volta o crescimento e o emprego. Diante de nossos problemas, escolhemos o caminho mais responsável, que construímos em constante interlocução com o Congresso Nacional e com o conjunto da sociedade – disse.

- O Brics é espaço capaz de traduzir nossos esforços individuais em ganhos conjuntos. É exemplo do quanto se pode alcançar com disposição pragmática na busca de resultados tangíveis em favor do desenvolvimento, em favor do bem-estar de nossos povos – acrescentou.

Temer ressaltou também a importância da cooperação entre os países que integram o Brics, aliança à qual o Brasil atribui alta prioridade.

- Vemos a cooperação intra-Brics como valioso instrumento para multiplicar oportunidades, não apenas na área financeira. Temos aqui também terreno fértil para cooperar nos campos do comércio, do investimento, da inovação, ciência e tecnologia. -

Antes da reunião, ao chegar ao Hotel Grand Elysée Hamburg, o presidente falou rapidamente com os jornalistas e disse que não existe crise econômica no Brasil.

- Pode levantar os dados e você verá que nós estamos crescendo empregos, crescendo indústria, crescendo agronegócio. Lá não existe crise econômica. -

- Vou comparecer a essa reunião do Brics, que é a primeira que vamos fazer, onde vamos discutir, naturalmente, a questão intra-Brics para o desenvolvimento dessa aliança dos cinco países. E, de igual maneira, participar dessa grande reunião, que é o G20. Onde, certamente, alguns temas fundamentais para os países componentes do grupo serão debatidos, entre eles o meio ambiente – disse Temer.

O presidente está em Hamburgo, na Alemanha, para participar também da reunião do G20, grupo que reúne os 20 paises mais ricos do mundo.

Cúpula sob protestos

Começou na manhã de desta quinta-feira (7/7) em Hamburgo a Cúpula do G20, grupo que reúne os líderes das principais economias do mundo, em meio a protestos que já deixaram mais de uma centena de feridos. A informação é da Agência Télam.

A primeira reunião é focada no no combate ao terrorismo. Em seguida, na mesa de negociações, estarão em pauta os dois assuntos mais espinhosos, devido à falta de consenso com os Estados Unidos: o livre comércio e a luta contra as mudanças climáticas.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, abriu o encontro de dois dias com um apelo para que os membros cooperem de maneira estrita para chegar a acordos, sem esquecer seus princípios. Merkel afirmou que espera que a cúpula consiga avançar para solucionar os problemas urgentes no mundo e acrescentou que acredita que todos os participantes trabalharão para isso.

Como anfitriã do encontro, a chanceler recebeu seus convidados, entre eles o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, no centro de convenções da cidade, que está tomada por policiais para garantir a segurança das delegações, segundo a Agência EFE.

O encontro acontece em meio a protestos, que ontem (6) resultaram em 159 policiais feridos e 60 manifestantes presos. O protesto foi realizado por jovens encapuzados, com o lema “Benvindos ao inferno”. Hoje, a polícia voltou a usar canhões de água para dispersar os que tentavam bloquear o acesso à cúpula.

Também houve protestos em frente a residência em que Donald Trump está hospedado, que impediram que sua esposa, Melania Trump, pudesse sair do edifício.

- Até agora, a polícia não nos deu um OK em relação à segurança para podermos deixar a residência – declarou um porta-voz da primeira-dama, que participaria de um encontro de esposas e maridos dos governantes.

Carta do papa

O papa Francisco enviou hoje uma carta a Merkel, com uma mensagem aos líderes que participam do G20, em que pede “soluções não traumáticas” para a questão das migrações.

- Lamentavelmente, o drama das migrações, inseparável da pobreza e acentuado pelas gerras, é uma prova de que não existem soluções imediatas e totalmente satisfatórias para os problemas mundiais. -

Francisco também pediu a redução dos níveis de conflito e do uso de armas.

- É possível implementar processos capazes de oferecer soluções progressivas e não traumáticas que conduzam, em tempos relativamente breves, a uma livre circulação e à estabilidade das pessoas, que sejam vantajosas para todos – afirmou na carta solicitada por Merkel no último encontro que tiveram, em junho.

Fonte: Agência Brasil



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