As exportações do setor do agronegócio gaúcho cresceram em volume e caíram em faturamento em dólar nos primeiros seis meses de 2015 em comparação com o ano passado. A quantidade de produtos cresceu 15,73%. Já o faturamento, de US$ 5,41 bilhões, reduziu 6,73% no mesmo período. O resultado foi apontado pelo Relatório de Comércio Exterior do Agronegócio no RS de janeiro a junho elaborado pelo Sistema FARSUL.
Somente em junho, a exportação totalizou US$ 1,220 bilhão, queda de 18,46% em comparação com o mesmo mês de 201. A balança comercial do setor no mês ficou em US$ 1,171 bilhão.
- O resultado é reflexo de uma queda generalizada dos preços dos produtos em dólar – explica o economista chefe da FARSUL, Antônio da Luz.
Conforme ele, essa retração não foi sentida do Brasil em razão da depreciação do Real. Se o resultado for convertido para a moeda brasileira, as exportações do agronegócio cresceram 15,73%.
Entre os destaques do 1º semestre deste ano, está a exportação de cereais, que teve aumento em volume (22,50%) e em valores, de 7,89%, somando US$ 469 milhões, e de fumo, com crescimento de volume de 26,82% e receita de 13,22%, alcançando US$ 631 milhões.
A soja obteve queda no período de 11,71% no faturamento com exportações, total de US$ 2,543 bilhões, embora o volume exportado tenha aumentado 18,03%. “O da tonelada da soja em 2015 situou-se na média de US$ 385,23, 25,97% abaixo do valor praticado no primeiro semestre de 2014, de US$ 520,38”, observa Antônio da Luz.
O grupo carnes apresentou queda em volume, de 0,49%, e de faturamento, 7,95% inferior ao primeiro semestre de 2014. Os preços das carnes bovina, de frango e suína caíram respectivamente 0,82%, 10,39% e 8,3%.
No mesmo período, o RS importou US$ 423 milhões de produtos originados do agronegócio, uma queda de 13,91% em relação a igual período de 2014. As quedas mais expressivas foram dos grupos complexo soja (73,01%), carnes (30,90%) e produtos florestais (26,10%).
Conforme Luz, o resultado parcial indica que o Estado aumentará o volume de exportações este ano e poderá recuperar preços, pelo menos da soja, que já vem mostrando alguma reação na Bolsa de Chicago.
Fonte: CNA