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CRESCIMENTO DO AGRO

Apesar da queda de 0,19% em julho, o PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio mineiro deve encerrar o ano em R$ 163,32 bilhões (a preços de julho de 2015), montante 0,45% superior ao registrado em 2014. Deste valor, R$ 75,67 bilhões ou 46,47% serão gerados pelas atividades da agricultura e R$ 87,645 bilhões ou 53,53% pelo setor da pecuária. No mês, o impacto negativo veio do setor pecuário, que recuou 1,07%.

O relatório do PIB do agronegócio mineiro é elaborado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), com o apoio da FAEMG, do SENAR Minas e da Seapa (Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

O PIB do agronegócio de Minas Gerais, com base em cálculos de julho de 2015, passou a ter uma participação de 13,27% no PIB brasileiro do agronegócio, com leve alta em relação ao dado de 2014, quando a participação era de 13,17%.

Entre os segmentos, insumos e indústria registraram elevação de 1,77% e 0,88%, respectivamente, no mês. Básico e serviços retraíram 1,15% e 0,13%. Para o ano, é estimada elevação de 1,16% para básico, 0,32% para serviços, e queda de 0,36% para indústria e 0,41% para insumos.

- Ainda que o resultado do PIB no acumulado do ano esteja positivo, em julho a variação já mostrou uma retração leve de 0,19% em função do desdobramento do cenário econômico. Vamos continuar acompanhando, mas a expectativa é encerrar o ano com saldo positivo – explicou a coordenadora da assessoria técnica da FAEMG, Aline Veloso.

Para o ramo pecuário, a projeção apontou queda de 1,07% em julho e crescimento de 0,7% no ano, com altas registradas nos segmentos básico (0,91%), serviços (0,45%) e insumos (1,71%) e baixa no segmento industrial (0,6%). De acordo com Aline Veloso, a queda mensal no setor pecuário teve como influência aos resultados negativos na produção de leite, ovos e suínos.

- No caso da pecuária, devemos considerar que o momento econômico não está oportuno. Com a inflação em alta, a renda das famílias vem sendo corroída e o consumidor vai optar por opções mais acessíveis – disse.

Dentre os produtos da pecuária, foi observada queda no faturamento do leite, 5,21%, ovos, 3,26% e suínos, 3,65%. No caso do leite, a produção ficou 7,75% maior, o que fez com que os preços recuassem 12,02%. A produção de ovos ficou 0,29% menor e os preços 2,98%. Em suínos, os preços ficaram 4,97% menores com uma produção 1,39% maior.

O faturamento do boi gordo subiu apenas 0,29% e os preços 17,36%, enquanto a produção recuou 14,54%. A receita com a produção de frango e de vacas aumentou 6,86% e 14,71%, respectivamente.

Agricultura

O ramo agrícola, formado pelo conjunto das cadeias produtivas da agricultura, apresentou crescimento de 0,84% em julho, elevando para 0,16% a alta acumulada nos primeiros sete meses de 2015, com o PIB estimado em 75,67 bilhões. O resultado é reflexo das elevações observadas nos segmentos de básico (2,01%), serviços (0,19%) e também da queda acumulada na agroindústria (0,30%) e no segmento de insumos (3,11%).

Dentre os principais produtos, destaque para o café cuja produção está 1,31% maior, os preços 6,27% superiores e o faturamento 7,66%. Com uma produção 10,15% menor, os preços do feijão estão 42,49% maiores, o que elevou o faturamento da cultura em 28,03%. A produção de batatas, que ficou 0,2% menor, teve os preços ampliados em 16,35% aumentando o faturamento em 16,02%.

Importantes produtos como o milho e a soja tiveram o faturamento reduzidos em 7,55% e 3,68%, respectivamente. No caso do milho o impacto negativo veio da queda de 1,2% na produção e da desvalorização de 6,43% nos preços. Já no caso da soja, cuja produção ficou 2,95% maior, a redução de 8,25% na cotação justifica o menor faturamento.

Fonte: Diário do Comércio



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