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CRESCE MOAGEM DE CANA

A moagem da nova safra de cana-de-açúcar do centro-sul do Brasil 2016/17 deverá crescer para 610 milhões a 630 milhões de toneladas, ante 605 milhões estimados para 2015/16, com a expectativa de um tempo mais favorável para o desenvolvimento dos canaviais e também para o processamento, avaliou nesta quinta-feira a consultoria Datagro.

Além do clima, as usinas das principal região produtora de açúcar do Brasil vão contar em 16/17 com um volume de 35 milhões a 37 milhões de toneladas de cana que não pôde ser processada na safra 15/16 (cana bisada), devido ao grande número de dias de moagem perdidos em função de chuvas, que somaram cerca de 50 dias na temporada, ante aproximadamente 42 no ciclo anterior.

- Por causa do volume da cana bisada e das chuvas previstas no verão, que favorecem o desenvolvimento da cana, e da perspectiva de melhor aproveitamento dos dias de moagem (em 2016/17), isso nos leva à estimativa na faixa de 610 a 630 – explicou o presidente da Datagro, Plinio Nastari, em teleconferência.

O centro-sul tradicionalmente processa cerca de 90 por cento da safra nacional de cana do país. A moagem na região oficialmente começa em abril, mas o consultor destacou que algumas usinas já vão iniciar os trabalhos em março e três unidades não vão parar de uma safra para a outra.

Segundo Nastari, o fenômeno climático El Niño, que trouxe chuvas mais frequentes para o centro-sul em 2015/16, já “começa a perder força”. Ele ressaltou que a anomalia deve diminuir de intensidade partir de março e abril, citando institutos de meteorologia.

- A anomalia (do El Niño) deixa de existir em agosto. O que isso significa: a perspectiva de que no segundo semestre de 2016 tenhamos uma curva de ATR (Açúcar Total Recuperável) mais estável e um melhor aproveitamento de tempo das usinas, o que abre a perspectiva de se moer a cana disponível de forma mais adequada – falou.

Dessa forma, a produção de açúcar do centro-sul tem potencial para saltar para entre 33,5 milhões e 34,5 milhões de toneladas, ante 30,7 milhões em 15/16.

Já a produção de etanol da região deverá aumentar para entre 28 bilhões e 28,6 bilhões de litros, ante 27,8 bilhões de litros em 15/16.

Fonte: Reuters



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