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CRÉDITO RURAL

A diferença entre os valores anunciados como disponíveis ao produtor e aqueles que são efetivamente contratados é cada vez maior, conforme dados do Banco Central. Esse cenário preocupa a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) que encaminhou proposta, ao Ministério da Agricultura e CNA, de aumento do percentual dos depósitos compulsórios bancário que são destinados às operações de Crédito Rural oficial – custeio e comercialização já para o Plano Safra 2017/2018.

Os depósitos compulsórios são a base do funding do Crédito Rural, o que daria lastro ao financiamento, diferente do que vem acontecendo com o Plano Safra, principalmente nos últimos três anos. Para o vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira:

- Um anúncio sem possibilidade de ser atingido apenas cria um ambiente de instabilidade e estresse, uma vez que os bancos são forçados a aumentar a seletividade – afirma.

No atual quadro, há menos recursos disponíveis para o Crédito Rural oficial em virtude da queda nos depósitos à vista e em poupança. Com a redução da inflação nos últimos meses, que indica o cumprimento da meta neste ano, o Banco Central vem relaxando a política monetária com a Taxa Selic. Ao mesmo tempo, o setor financeiro pressiona para a alteração do percentual dos depósitos compulsórios bancários.

Conforme o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, a proposta se alinha com a nova realidade macroeconômica, mas com característica mais conservadora do que querem os bancos.

- Essa medida mantém o controle sobre o multiplicador monetário e ainda aumenta o funding para o crédito rural, agradando produtores rurais e também às instituições financeiras – explica.

Fonte: Farsul



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