O Conselho Monetário Nacional (CMN) mudou nesta quinta-feira os limites de aplicação de recursos das instituições financeiras em crédito rural, decisão que permite ao Banco do Brasil usar mais livremente cerca de 7 bilhões de reais.
O colegiado do CMN, formado pelos ministros da Fazenda e o do Planejamento e o presidente do Banco Central, reduziu para de 65 para 60 por cento o limite de aplicação em crédito rural dos recursos captados na forma da poupança rural. Ao mesmo tempo, aumentou de 14 para 19 por cento o total de recurso que os bancos que captam a poupança rural podem aplicar livremente.
O Banco do Brasil concentra 92 por cento das operações de crédito rural, segundo o Ministério da Fazenda. A medida foi tomada, segundo o governo, para “readequar o fluxo de recursos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) à demanda do setor rural”.
O chefe do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações de Crédito Rural do Banco Central, Cláudio Figueiras, disse que a redução do direcionamento da poupança rural foi possível porque outras fontes de crédito para a agropecuária cresceram. Dessa forma, o total de crédito para os produtores rurais será mantido, liberando o dinheiro para o crédito livre.
Em junho, o CMN tinha elevado a parcela dos depósitos à vista e dos recursos aplicados em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) que devem ser destinadas ao crédito rural. Com isso, segundo Figueiras, uma parcela dos depósitos de poupança rural estava empoçada, destinada a empréstimos para a agropecuária, mas sem demanda.
- A redução se destina a readequar o fluxo de recursos do Sistema Financeiro Nacional à demanda do setor rural. Com isso, o percentual que as instituições financeiras captadoras de poupança rural podem aplicar livremente também foi ajustado – informou o Banco Central em nota.
Fonte: Reuters