O crédito agrícola para financiamento do custeio da cafeicultura totalizou R$ 4,736 bilhões, em 2016, que foram repassados ao setor produtivo por meio de 72.634 contratos. No período de janeiro a setembro de 2017, essa linha de financiamento atingiu R$ 3,072 bilhões, com a celebração de 42.852 contratos de crédito agrícola. Essa modalidade de crédito, destinada ao custeio da safra de café, financia despesas normais do ciclo produtivo das lavouras, tais como tratos culturais e colheita, incluindo as despesas com aquisição de insumos, mão de obra, operações com máquinas e equipamentos, arruação, secagem, certificação de cafés, entre outras.
O SUMÁRIO EXECUTIVO CAFÉ, da Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, referente ao mês de outubro de 2017, destacou que, no ano de 2016, Minas Gerais foi responsável por 67,69% do financiamento do custeio da cafeicultura com o montante de R$ 3,206 bilhões. São Paulo representou 13,98%, com 662,306 milhões; seguido pelo Espirito Santo, com R$ 616,411 milhões (13,01%); Bahia, com R$166,329 milhões (3,51%); Paraná, com R$ 49,291 milhões (1,04%); e Goiás com R$ 16,914 milhões (0,36%). Outros estados produtores de café contrataram 0,41% do crédito agrícola de custeio.
Neste ano em curso, de janeiro a setembro de 2017, foram financiados cerca de R$ 3,072 bilhões para o crédito da cafeicultura. Minas Gerais continuou sendo o estado que mais contratou financiamento de custeio, representando 70,38% do montante do crédito, com R$ 2,162 bilhões. Espírito Santo participou com R$ 389,460 milhões (12,68%); São Paulo vem na sequência com R$ 380,733 milhões (12,39%); Bahia, com R$ 89.009 milhões (2,90%); Paraná, com R$ 21,372 milhões (0,70%); Goiás, com R$ 17,433 milhões (0,57%); e outros estados contrataram 0,38% dos recursos de crédito agrícola para café na modalidade de custeio.
Os itens contemplados na linha de financiamento de custeio estão devidamente descritos no Manual de Crédito Rural do Banco Central do Brasil. Confira o ranking geral dos estados e outras informações sobre o crédito agrícola de custeio da cafeicultura no SUMÁRIO EXECUTIVO CAFÉ, disponível no Observatório do Café, coordenado pela Embrapa Café.
De acordo com o SUMÁRIO, no período de janeiro de 2016 a setembro de 2017, aproximadamente 54% dos financiamentos de custeio foram celebrados ‘sem vínculos’. Conforme a SPA/Mapa, três programas oficiais financiaram o crédito agrícola para a cafeicultura nesse período: Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural – PRONAMP, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF e Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – FUNCAFÉ. O PRONAF foi responsável por 35.121 contratos em 2016 e por 22.045 em 2017; o FUNCAFÉ teve 7.450 contratos celebrados em 2016 e 3.285 em 2017; e o PRONAMP em 2016 foi responsável pela celebração de 7.266 contratos e em 2017 por 4.111 nos nove primeiros meses. E, conforme mencionado, 54% dos financiamentos foram celebrados ‘sem vínculos’.
Outras análises do setor cafeeiro podem ser acessadas no SUMÁRIO EXECUTIVO CAFÉ – setembro 2017, que está disponível no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café. Além do Crédito Agrícola para Café – Custeio – 2016 e 2017, referida publicação também apresenta mais dados estatísticos referentes à performance da cafeicultura, tais como: Quadro de Suprimento Mundial, do Vietnã, Colômbia e Brasil; Comparativo de Área, Produção e Produtividade de Café em Grãos – Café Arábica, Robusta e Total; Evolução Mensal das Exportações Brasileiras de Café; Evolução Mensal das Importações Brasileiras de Café; Estoques Privados e Públicos de Café no Brasil; Preços Mínimos de Garantia Básico; Operações de Vendas dos Estoques Governamentais de Café – 2016 e 2017; e Preços Médios Mensais de Café – Nova Iorque, São Paulo (inclui preços do varejo) e Espírito Santo.
Fonte: Embrapa Café