O dólar anulou a queda e passou a trabalhar com leve alta ante o real nesta quinta-feira, com investidores mais cautelosos diante do feriado prolongado, com a eleição presidencial francesa e ainda com o andamento da reforma da Previdência.
O recuo visto até então foi influenciado pelo cenário externo e com algum alívio diante da cena política brasileira, após o governo ter conseguido garantir o regime de urgência para a votação da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados.
Às 13:28, o dólar avançava 0,16 por cento, a 3,1523 reais na venda, depois de ter batido a mínima de 3,1322 reais no dia. O dólar futuro subia 0,03 por cento.
- O mercado segurou um pouco e, agora, prepara-se para um dia a menos de negócios – comentou um operador de uma corretora local.
Os mercados mantinham a cautela por conta do adiamento da votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara para maio. Também evitavam assumir posições antes do feriado de Tiradentes, que manterá as praças brasileiras fechadas nesta sexta-feira, e das eleições francesas no fim de semana.
Mas cedo, predominou o maior otimismo após, na noite passada, a Câmara dos Deputados aprovar requerimento para conferir regime de urgência à reforma trabalhista, possibilitando sua votação na próxima semana. Um dia antes, o governo havia sido derrotado nesta matéria, o que alimentou preocupações sobre a tramitação da reforma da Previdência, considerada fundamental para colocar as contas públicas em ordem.
- O governo conseguir reverter a derrota da urgência foi positivo, mostrando que ele está conseguindo se articular para ganhar consenso – afirmou mais cedo o economista da corretora Guide Investimentos Ignácio Crespo Rei.
O Banco Central vendeu, pelo quarto dia seguido, mais um lote de 16 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em maio. Dessa forma, já rolou 3,2 bilhões de dólares do total de 6,389 bilhões de dólares.
Fonte: Reuters