Depois de subir até o nível de 3,30 reais nesta terça-feira, o dólar atraiu vendedores e caía, movimento ajudado ainda pela volta do Banco Central ao mercado de câmbio no dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inicia o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.
Às 11:24, o dólar recuava 0,25 por cento, a 3,2798 reais na venda, depois de marcar 3,3025 reais na máxima da sessão. O dólar futuro cedia 0,70 por cento.
- Pelo que temos visto, o dólar tem obedecido a banda de 3,25 a 3,30 reais – afirmou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.
Essa banda informal veio com a cautela dos investidores diante da cena política, após o presidente Temer ser duramente atingido por delações de executivos do grupo J&F e passar a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crime, entre outros, de corrupção passiva.
Nesta noite, terá início o julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE, que pode culminar na saída do presidente. Para os investidores, o importante é que as reformas trabalhista e da Previdência continuem andando no Congresso Nacional.
Por essa razão, estavam atentos à votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, marcada para esta sessão.
A volta do BC ao mercado também ajudava no movimento de queda do dólar. A autoridade monetária realizará nesta sessão leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares, para iniciar a rolagem dos contratos que vencem julho, de 6,939 bilhões de dólares.
Se mantiver esse ritmo até o final do mês e vender sempre todos os swaps, rolará integralmente o vencimento do próximo mês. A rolagem com vencimento em junho também foi integral, equivalente a 4,435 bilhões de dólares.
Fonte: Reuters