Grandes marcas de máquinas agrícolas ficarão de fora da 28ª edição do Show Rural Coopavel, primeira feira de tecnologia agrícola do ano, que ocorre em Cascavel, oeste do Paraná, entre os dias 1 e 5 de fevereiro. Segundo o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, as empresas ficarão de fora da exposição porque disseram estar reduzindo seus gastos em feiras. O investimento médio num estande varia de R$ 50 mil a R$ 1 milhão, incluindo logística de transporte dos produtos, gastos com pessoal e montagem das estruturas, revela Grolli.
As fabricantes alegam, no entanto, que a decisão está associada a uma tentativa de mudança na data do evento. ACoopavel tinha a intenção de realizar o Show Rural na metade de fevereiro, após a colheita de verão. As marcas decidiram então cancelar sua participação, devido à proximidade com a segunda feira do ano, que ocorre no município de Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, entre os dias 7 e 11 de março.
A CNH Industrial é uma das empresas que não estarão no evento paranaense. O grupo italiano, dono das marcasCase e New Holland, diz que vai redirecionar o dinheiro que iria para a exposição de Cascavel (PR).
- Vamos reverter todo o custo de feira para o cliente final. Estamos programando ações junto aos concessionários. Vamos fazer campanhas fortes, apresentando condições imbatíveis de negociações – afirma Alexandre Blasi, diretor comercial daNew Holland.
A Valtra, do grupo AGCO, também confirmou que não participará do Show Rural. Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a multinacional afirma que
- Foi inviável reverter a decisão quando a organização decidiu retornar a data original da feira – porque novos compromissos foram assumidos.
A AGCO também é responsável pela fabricação de máquinas Massey Ferguson.
Estreantes
Apesar da ausência das fabricantes, o número de expositores será mantido, conforme a organização do evento. Ao todo, 450 empresas vão apresentar seus produtos na feira. Grolli afirma que a desistência das montadoras fez andar uma fila de interessados em participar da exposição.
- Atualmente, 60 empresas estão nessa lista de espera. Com a saída de algumas, outras podem estrear. É o que vai acontecer este ano – diz.
O setor de maquinários agrícolas foi surpreendido no ano passado com uma queda de mais de 30% no comércio interno de tratores e colhedoras. Em 2016, Blasi, da New Holland, projeta retração de 5% a 10% no mercado em relação a 2015.
Fonte: Globo Rural