A Companhia Nacional de Abastecimento estima uma safra de grãos de 225,571 milhões de toneladas de grãos no ciclo 2017/2018. O quinto levantamento de safra para o atual ciclo foi divulgado nesta quinta-feira (8/2). O número é menor que a estimativa feita em janeiro, de 227,947 milhões de toneladas. Mas, ainda assim, a segunda maior safra de grãos da história. Em relação à temporada 2016/2017, de 237,671 milhões de toneladas, o número atual é 5,1% menor.
“A expectativa é que a produção expresse o comportamento normal de safras anteriores e essa redução ocorre, sobretudo, em virtude da última safra ter sido excepcional”, explica a Conab, no relatório. A área total plantada com grãos no país é de 61 milhões de hectares.
Com o comportamento diferente do clima em relação à safra 2016/2017, a produção de soja deve ser 2,2% menores que os 114,075 milhões de toneladas do último ciclo. Ainda assim, os técnicos da Conab viram condições de revisar a estimativa atual para cima, passando de 110,437 milhões para 111,558 milhões de toneladas do grão.
“Excluindo os resultados da safra 2016/17, a produtividade média nacional esteve entre 2.629 e 3.115 kg/ ha, nos últimos dez anos. A estimativa do rendimento para a safra 2017/18 está de acordo com o pacote tecnológico utilizado e se confirmada, será a segunda melhor produtividade do país”, diz a Conab.
Já a estimativa para o milho sofreu uma forte revisão para baixo, de 92,347 milhões para 88,006 milhões de toneladas, somando os dois ciclos anuais para a cultura. A primeira safra caiu de 25,176 milhões para 24,745 milhões de toneladas. E a segunda, de 67,170 milhões para 63,261 milhões de toneladas do cereal.
Os técnicos reafirmam o cenário segundo o qual a queda nos preços voltou a desestimular o plantio na primeira safra, que tinha crescido em área na safra passada. O plantio do ciclo de meio de ano está condicionado ao ritmo de colheita da soja, já em andamento na maior parte das áreas, já que interfere na utilização da janela climática ideal para o milho safrinha.
O relatório da Conab traz uma revisão para baixo também na estimativa de produção de feijão. Considerando os três ciclos anuais da cultura, nas variedades cores, preto e caupi, o número passou dos 3,307 milhões do mês passado para 3,3 milhões de toneladas neste mês. O número representa uma queda de 2,9% em relação ao ciclo 2016/2017, quando a colheita foi estimada em 3,399 milhões de toneladas.
Já a safra de arroz foi corrigida para cima, de 11,662 milhões para 11,639 milhões de toneladas. Ainda assim, uma redução de 5,6% em comparação com a temporada 2016/2017, estimada em 12,327 milhões de toneladas.
Também corrigida para cima, a produção de algodão deve ser a exceção entre as grandes culturas agrícolas do Brasil, com a expectativa de uma colheita 17% superior à do ano passado. A estimativa de produção de algodão em caroço foi revisada de 2,553 milhões para 2,681 milhões de toneladas. A de pluma passou de 1,703 milhão para 1,789 milhão de toneladas.
Entre as culturas de inverno, a Conab revisou para cima a expectativa de colheita, que passou de 5,279 milhões para 5,860 milhões de toneladas. Na principal das lavouras desse período, a de trigo, a estimativa de produção passou de 4,263 milhões para 4,657 milhões de toneladas.
Fonte: Revista Globo Rural.
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