Mesmo com mercado favorável para os produtores de trigo, o momento é para se planejar. Os preços mínimos, que foram levantados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e publicados em fevereiro, só começam a valer a partir de julho. Até lá, os agricultores devem observar o mercado para aproveitar as janelas de comercialização que podem surgir e acompanhar os custos da produção da cultura para garantir melhor rentabilidade nas negociações.
De acordo com as análises da Conab, a projeção é que se mantenha o cenário positivo para o produto. A alta do dólar e a produção argentina mais cara devido à taxação, contribuem para os bons preços praticados no mercado. Atualmente, o valor nominal do trigo é o maior já registrado no país, chegando a ser comercializado por mais de R$ 50,00 no Paraná na terceira semana de fevereiro. No Rio Grane do Sul, o valor de comercialização foi de R$ 44,78 no mesmo período.
Para garantir melhores remunerações, a indicação aos agricultores do Sudeste e Centro-Oeste é que tenham mais atenção no início da colheita, entre os meses de agosto e a primeira quinzena de setembro. Neste período, há pouco produto no mercado, o que impulsiona os preços. Já os demais produtores precisam observar a janela de comercialização que antecede a entrada do trigo argentino e buscar melhores negócios.
Fonte: DATAGRO