As exportações brasileiras do complexo soja em fevereiro somaram 2,919 milhões de toneladas e US$ 1,026 bilhão. Em relação a igual mês do ano anterior, o aumento foi de 76,6% em volume e 42,4% em receita. Na comparação com janeiro, as vendas externas aumentaram 77,2% em volume e 67,4% em receita. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (1/3) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Os aumentos na comparação mensal e anual revelam a maior competitividade da soja brasileira no mercado internacional, embora o ritmo de exportação da oleaginosa ainda tenha sido afetado pelo atraso inicial na colheita, por chuvas em áreas produtoras e nos portos e pelo volume expressivo de exportação de milho.
No acumulado do ano, as exportações do complexo somam 4,566 milhões de toneladas, 67,06% acima das 2,733 milhões de toneladas de um ano antes.
As exportações de soja em grão somaram 2,036 milhões de toneladas em fevereiro, aumento de 134,5% ante as 868.700 toneladas embarcadas um ano antes. A receita com as vendas externas do grãoatingiu US$ 715,3 milhões, crescimento de 106,6% na comparação com fevereiro de 2015 (US$ 346,2 milhões). O preço médio do produto exportado foi de US$ 351,2 por tonelada em fevereiro, ante US$ 398,5 por tonelada há um ano. Na comparação com janeiro, o volume aumentou 416,4%, enquanto a receita cresceu 384,6%.
No farelo de soja, o volume exportado aumentou 22,3%, mas a receita teve queda de 6,5% na comparação com fevereiro de 2015. Os embarques somaram 838.200 toneladas, ante 685.500 toneladas em igual período do ano anterior, e a receita chegou a US$ 281,0 milhões, ante US$ 300,5 milhões há um ano. Em relação a janeiro, as exportações recuaram 29,3% em volume e 33,2% em receita.
Já em óleo de soja, as exportações em fevereiro atingiram 44.300 toneladas, 55,0% abaixo das 98.400 toneladas do mesmo mês de 2015. A receita somou US$ 30,4 milhões, queda de 59,0% ante os US$ 74,1 milhões registrados em igual período do ano passado. Na comparação com janeiro, há queda de 35,2% no volume e 32,3% na receita.
Algodão
As exportações brasileiras de algodão cresceram 70,8% em volume no mês de fevereiro. Foram embarcadas 89,5 mil toneladas, ante 52,4 mil toneladas em fevereiro do ano passado, segundo o MDIC. Já na comparação com janeiro, quando os embarques somaram 92,1 mil toneladas, houve queda de 2,82%.
A receita com as vendas externas da pluma somou US$ 132,8 milhões, aumento de 61,95% ante fevereiro do ano passado (US$ 82 milhões), mas recuo de 3,63% ante janeiro de 2016 (US$ 137,8 milhões).
O preço médio da tonelada de algodão exportada no mês passado foi de US$ 1.483,6, ante US$ 1.496,3 de janeiro e de US$ 1.565,3 de fevereiro do ano passado.
No acumulado do primeiro bimestre, foram exportadas 181,6 mil toneladas de algodão, um volume 74,45% acima das 104,1 mil toneladas embarcadas nos dois primeiros meses do ano passado. Já a receita acumulada com as vendas externas da pluma nos dois primeiros meses de 2016 foi de US$ 270,6 milhões, um montante 64,20% superior aos US$ 164,8 milhões faturados entre janeiro e fevereiro de 2015.
Carnes
As exportações de carnes in natura avançaram no mês passado em relação a janeiro em volume e em receita. Dados do MDIC revelam que em fevereiro houve uma alta expressiva em volume embarcado de proteína bovina. Na comparação com fevereiro de 2015, houve retração apenas na receita com os embarques de carne de frango, enquanto o volume de carne suína praticamente dobrou na mesma base de comparação.
As exportações de carne bovina in natura totalizaram 99,5 mil toneladas, volume 27,5% superior às 78 mil toneladas comercializadas em janeiro e 30,9% maior que o registrado em fevereiro de 2015 (76 mil t). A receita com as vendas somou US$ 389,6 milhões no mês passado, quantia que excedeu em 28% os US$ 304,9 milhões de janeiro e que é 19% maior que os US$ 327,5 milhões em fevereiro do ano passado. O preço médio do produto exportado teve leve alta de janeiro para fevereiro e passou de US$ 3.910 por tonelada para US$ 3.916,2 por tonelada (+0,16%). Houve recuo de 9,12% em relação à media de fevereiro de 2015, que foi de US$ 4.309,4 por tonelada.
Os embarques de carne de frango in natura somaram 288 mil toneladas no mês passado, 1% mais que as 286,4 mil toneladas registradas em janeiro. Ante fevereiro de 2015, quando foram embarcadas 267,7 mil toneladas, o avanço foi de 7,6%. O faturamento em fevereiro deste ano foi de US$ 390,2 milhões, valor 0,9% superior aos US$ 386,7 milhões de janeiro e 9,9% menor que o faturamento de US$ 433,3 milhões no mesmo período de 2015. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.355 por tonelada ficou em linha com a média de US$ 1.350,2 por tonelada de janeiro, mas 16,3% inferior o valor de US$ 1.618,4 por tonelada registrado em fevereiro do ano passado.
Já as vendas externas de carne suína totalizaram 43,8 mil toneladas no mês passado, acima das 39,1 mil toneladas (+12%) de janeiro. O volume é praticamente o dobro do embarcado em fevereiro de 2015 (22 mil toneladas). As receitas somaram US$ 77,3 milhões, com alta de 9% ante os US$ 70,8 milhões de janeiro e alta de 34,4% ante os US$ 64,5 milhões registrados em fevereiro de 2015. No mês passado, o preço médio da tonelada ficou em US$ 1.763,20, ante US$ 1.807,6 em janeiro e US$ 2.619,6 em fevereiro de 2015 (-32,7%)
Acumulado
Nos dois primeiros meses de 2015, as vendas de carne bovina totalizaram 177,48 mil toneladas, ante 150 mil toneladas em igual período do ano passado (+18,32%). Já o faturamento ficou em US$ 694,50 milhões este ano, valor 6,21% menor que os US$ 653,9 milhões obtidos entre janeiro e fevereiro de 2015.
No que tange às vendas externas de carne de frango in natura, houve alta de 11,51% no volume acumulado até fevereiro, no comparativo anual, para 574,39 mil toneladas. Em faturamento, o recuo foi de 8,69%, de US$ 850,9 milhões para US$ 776,93 milhões.
Também no acumulado do ano, as exportações de carne suína in natura avançaram 21,39%, atingindo US$ 148,1 milhões ante US$ 122 milhões em 2015. Em volume, o avanço foi de 81,18%, passando de 45,8 mil toneladas para 82,98 mil toneladas.
Fonte: Revista Globo Rural