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COMO FICA O MERCADO?

O plantio já foi recorde com 5,37 milhões de hectares – 2,9% maior frente à temporada anterior (5,22 milhões de hectares) e a produção gaúcha de soja também caminha para números históricos: 15,7 milhões de toneladas – alta de 3,3% na comparação com a colheita passada, que atingiu 15,2 milhões de toneladas, conforme dados da consultoria Safras & Mercado. A safra de soja nacional será novamente recorde – o Brasil avança na colheita da maior safra de todos os tempos com estimativa de 100,7 milhões toneladas, produzidas em 32,97 milhões de hectares. A produção é 3,6% superior a temporada anterior que ficou em 96,15 milhões de toneladas, já a área é 4,7% maior dos que os 31,84 milhões de hectares do ultimo plantio.

- Se não fossem as perdas de produtividade devido a falta de chuvas no norte/nordeste do País e na região do médio-norte do Mato Grosso, teríamos uma produção ainda maior. Estados como Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul encaminham colheitas recordes – informa o consultor da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque.

Com tamanha produção, a expectativa se volta para o mercado. Conforme Luiz Fernando, os principais fatores que irão influenciar na cotação da soja no mercado interno continuarão sendo câmbio e Chicago.

- No lado do câmbio, a turbulência política atual torna difícil qualquer previsão, visto que pelas questões econômicas o valor do dólar deveria estar mais alto (próximo a RS 4,00), mas pelas questões políticas há espaço para a moeda continuar caindo, como vimos recentemente. O possível impeachment da presidente pode criar um novo e incerto ambiente cambial – analisa.

Já no lado de Chicago, o tamanho da área a ser semeada com soja nos EUA nesta nova temporada pode definir novos níveis para os contratos. A princípio, a área de soja deverá recuar nos EUA, o que abre espaço para ajustes positivos em Chicago, podendo os contratos voltarem a trabalhar acima de US$ 10,00 por bushel. O clima para safra norte-americana é outro ponto importante.

- Com possíveis retornos do dólar e de Chicago a patamares mais elevados, podemos ter a recuperação dos preços internos, que recuaram nos últimos dois meses devido à queda da moeda norte-americana. De qualquer forma, o mais importante é ficar de olho nesse dois fatores para aproveitar as oportunidades de preços que irão aparecer. Apesar da tendência de alta, podemos ter surpresas, principalmente em se falando de dólar – orienta o analista da Safras & Mercado.



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