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Comissão Técnica de Suinocultura encerra o ano com expectativa positiva para 2019

O cenário delicado vivido pela suinocultura paranaense em 2018, com prejuízos e alguns produtores independentes deixando a atividade, fornece sinais de que pode começar a perder força em 2019. A reabertura do mercado russo para o produto brasileiro no fim de outubro (estava fechado desde o fim de 2017) e a perspectiva de aumento de importação por países asiáticos sinaliza condições mais favoráveis ao setor a partir de janeiro. A perspectiva foi divulgada durante a reunião da Comissão Técnica de Suinocultura das lideranças de todo Paraná, nesta quarta-feira (8), na sede da FAEP, em Curitiba.

Reni Gerardi, presidente da comissão, lembrou junto com os participantes que depois de um ano difícil, com embargos, preços baixos e custos de produção elevados, os produtores finalmente recebem uma sequência de boas notícias. “Nessa última reunião do ano da nossa comissão, finalmente temos sinais de uma mudança nas nossas perspectivas. Nos mobilizamos aqui para esse debate em um clima de esperança que 2019 será melhor, com mais oportunidades de virarmos essa página de um ano difícil”, disse.

O consultor da FAEP Antônio Poloni esteve no encontro e forneceu atualizações sobre a caminhada do Paraná para se tornar “Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação”, com reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). “Sanidade é um patrimônio econômico do país, tem que ser visto como um compromisso de infraestrutura do Paraná. Quem produz carne de primeira, tem que vender aos países que pagam por qualidade de primeira. Sanidade é garantir avanços para todo o Estado”, lembrou.

Quem também trouxe informações sobre a biosseguridade, mais especificamente sobre a suinocultura, foi João Humberto Teotônio de Castro. O médico veterinário é coordenador do Programa de Vigilância e Prevenção de Doenças de Suínos da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Castro lembrou alguns dados do Paraná, como o rebanho de 7,3 milhões de cabeças no Estado e o fato de os paranaenses terem representado mais de 14% de toda a carne suína exportada pelo Brasil em 2017, o que totalizou cerca de 90 mil toneladas e mais de US$ 200 milhões em movimentação financeira nesse ano.

Castro falou sobre a Instrução Normativa nº 265, que regulamenta as boas práticas voltadas à prevenção e controle de doenças infecciosas nos locais onde ocorre a criação de suínos. O Estado é o primeiro a ter um regulamento dessa natureza. “A IN vem de encontro com aspectos como a importância socioeconômica da atividade no Paraná, a percepção do risco sanitário, o potencial do impacto socioeconômico e a ênfase nas exigências estruturais e boas práticas”, explicou.

A programação da reunião da Comissão Técnica tem ainda a participação do técnico do Departamento Técnico Econômico do Sistema FAEP/SENAR-PR, que fala sobre a NR 31 e a nova Lei Trabalhista. Nicolle Wilsek, assessora da comissão também promove um resumo das ações do Sistema FAEP na suinocultura e atualiza a situação sobre o envio de sugestões à Portaria 195, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

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Fonte: Sistema FAEP



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