A Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo) finaliza hoje o cronograma de discussões previstas para a 18° reunião ordinária do grupo, realizada nesta semana, em Brasília. A Cnapo é formada por integrantes do governo e da sociedade civil, com o objetivo de promover a participação da população no andamento do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), além das políticas de agroecologia desenvolvidas pelo governo, no país.
Segundo Marco Pavarino, coordenador-geral de Agroecologia e Produção Sustentável da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), a reunião da Cnapo é um espaço importante para expor e discutir as iniciativas do governo em prol da agroecologia, junto com a sociedade.
- É sempre um momento de reafirmação dessa agenda, desse compromisso que a Sead tem com o agricultor familiar e com a agroecologia. Estamos mostrando que temos propostas para o setor e que estamos trabalhando em cima disso – frisou Pavarino.
A Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) foi um dos temas levados pela Sead para o debate durante o evento. Rodrigo Venturini, diretor de Ater da Sead, apresentou as ações que a secretaria desenvolve nessa área.
- Estamos trabalhando para chamadas públicas de Ater próprias para agroecologia, para apoiar os agricultores, principalmente, na transição do processo de produção convencional para o agroecológico – explica o diretor.
O agricultor familiar Ernesto Carlos Kasper, do Rio Grande do Sul, trabalha com práticas agroecológicas há 25 anos. Ele produz citros – culturas de laranja, limão, tangerina, lima -, no município de Monte Negro, e destaca a importância da Ater para o bom desempenho da atividade.
- Conhecimento é a base para tudo e a assistência técnica é a nossa ferramenta para alcançar isso. As minhas dúvidas eu consigo esclarecer com os técnicos, vamos trocando informações e seguindo as orientações deles. Sinto que posso produzir da melhor forma – avalia Ernesto.
O agricultor ressalta ainda a importância do ambiente de socialização que a Cnapo proporciona.
- Esse espaço é muito importante para compartilhar e transparecer as ações que estão sendo desenvolvidas. Com base nisso, a gente pode fazer ponderações, considerações e, assim, melhorar o nosso trabalho. É a transparência que leva ao envolvimento – indica.
Durante o encontro, os integrantes da Cnapo ainda conversaram sobre outros temas, como comercialização e programas voltados para a agroecologia. Na ocasião, Pavarino falou ainda sobre possíveis adequações no Planapo, que se fazem necessárias ao longo do tempo. Outro ponto tratado foi a importância de se ter um canal específico de informações sobre o tema, como o Portal agroecologia.gov, uma ferramenta de divulgação das ações e atualizações da temática.
Fonte: Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário