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COMÉRCIO DE CAFÉ

Com o tema “Sabor e qualidade que vêm da Amazônia”, a revista Cafés de Rondônia lançou aprimeira edição especial na Semana Internacional do Café de 2016, em Belo Horizonte. A publicação visa apresentar a cafeicultura de Rondônia para que o público em geral conheça os avanços obtidos no Estado, que é o quinto maior produtor de café e segundo maior produtor de café canéfora (conilon e robusta) no País. Rondônia produz atualmente cerca de 1,8 milhão de sacas de café e existe uma meta do governo estadual de atingir quatro milhões de sacas beneficiadas até a próxima década.

Nesse contexto, a revista Cafés de Rondônia foi produzida pela Embrapa Rondônia e faz parte de um projeto desenvolvido pelo SEBRAE – RO em parceria com Governo do Estado, por meio da Superintendência de Desenvolvimento – Suder e Secretaria de Agricultura de Rondônia, que visa incrementar a cultura no Estado promovendo assistência técnica a pelo menos 300 produtores de café nos municípios de Alto Alegre dos Parecis, Alvorada do Oeste, Cacoal, Ministro Andreazza, Nova Brasilândia do Oeste e São Miguel do Guaporé.

Essa edição está disponível na íntegra no portal da Embrapa Rondônia e no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café. No total são 12 artigos publicados que tratam de diversos temas da cafeicultura, como inovações do setor, pesquisas de novas cultivares, manuseio de tecnologias, ações de incentivos para os produtores e novos empreendedores, sustentabilidade na produção de café, além de informações sobre a produção e comercialização de café conilon e robusta, dos quais destacamos três:

Pesquisa desenvolve novas cultivares de café altamente produtivas para a Amazônia –Nesse artigo destacou-se a primeira cultivar de café desenvolvida pela Embrapa no Brasil, a Conilon BRS Ouro Preto, que é recomendada para o estado de Rondônia e região Amazônica. Conforme o artigo, essa cultivar tem chamado a atenção de vários técnicos e produtores por ter alta produtividade e resistência.  A repercussão positiva é tanta que inclusive despertou a atenção de técnicos do Espírito Santo, que hoje é o principal produtor de café conilon do país, e formou uma parceria com Rondônia para que essa cultivar seja avaliada por seu desempenho e testada na região norte do estado capixaba para adaptação ao clima. Juntos, Rondônia e Espírito Santo, são responsáveis por cerca de 80% da produção nacional de café canéfora (conilon e robusta), segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab, 2016). Outra informação relevante do artigo é o programa de melhoramento desenvolvido no estado de Rondônia que tem se mostrado dinâmico, inclusive com outras variedades de café, tanto arábica como canéfora que estão sendo desenvolvidas e devem ser lançadas nos próximos anos. Esses lançamentos são resultados de 40 anos de trabalhos de pesquisa contínua da Embrapa em Rondônia e região Amazônica.

Rondônia abre mercados e lucra mais com a produção e exportação de cafés orgânicos –Esse artigo deu ênfase ao lucro que os cafeicultores de Rondônia têm obtido com a venda do café orgânico produzido para os mercados internacionais, principalmente o europeu. A renda dos produtores da região chega a ser 2,5 vezes maior que a obtida com os cafés tradicionais. As primeiras lavouras orgânicas do estado foram certificadas em 2010 e, desde então, os cafés da COOCARAM (Cooperativa de Produtores Rurais Organizados para Ajuda Mútua) são comercializados para a Europa, mercado extremamente exigente quanto aos aspectos de qualidade e que tem aceitado e valorizado o café orgânico de Rondônia. Vale destacar que, em avaliações sensoriais realizadas nos cafés orgânicos e arborizados, foram aplicadas notas superiores para os atributos de doçura, acima dos encontrados em cafés produzidos de forma tradicional e a pleno sol. Por esse motivo o artigo demonstra que o mercado europeu tem tido boa aceitação do café orgânico brasileiro e, dependendo da situação do câmbio, pode se tornar altamente rentável para o produtor.

Colheita semimecanizada já é realidade em Rondônia – O texto do artigo dá notoriedade ao processo de mecanização da colheita, uma vez que Rondônia é um estado que possui mais de 80% da sua área com relevo plano a levemente ondulado, o que torna as áreas produtivas extremamente propícias para o uso de máquinas agrícolas. A matéria cita que atualmente produtores mais tecnificados têm voltado a atenção para os potenciais benefícios do sistema de colheita semimecanizada. Segundo os produtores, que já aderiram ao sistema semimecanizado de colheita, as principais vantagens são: rapidez, redução de custo e menor dependência da mão de obra. Além disso, como a colheita semimecanizada está vinculada à poda dos ramos produtivos, isso faz com que o produtor seja obrigado a realizar a poda no momento certo e isso permite que as plantas de café se restabeleçam rapidamente. Do ponto de vista econômico as vantagens são claras: redução de custo que variam de 40% a 70%. Outro destaque do artigo é que se vislumbra que a médio prazo os cafeicultores terão sistemas totalmente mecanizados, o que pode ajudar o produtor de Rondônia a atingir cada vez mais qualidade, além de sustentabilidade econômica, social e ambiental, tripé indispensável a qualquer sistema produtivo.

As matérias completas publicadas nessa edição da Revista Cafés de Rondônia são as seguintes: Rondônia, um estado de oportunidades; Desafios e perspectivas para o café em Rondônia; Amazônia Coffee, o 1º Café Gourmet da Amazônia brasileira; Rondônia se prepara para ser referência em café sustentável; Sistema de secagem de café sustentável e acessível; Adoção de tecnologias e manejo adequado transforma a cafeicultura de Rondônia; Produção de mudas de café com qualidade à luz da nova Legislação Fitossanitária Estadual; Ações governamentais de incentivo à cafeicultura impulsionam a cultura em Rondônia; Empreendedorismo na cafeicultura em Rondônia e Concurso revela superioridade do café de Rondônia.

Fonte: Embrapa Café



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