Em 30 dias, as indústrias frigoríficas que possuem o selo do Serviço de Inspeção Sanitária Estadual (Sise) poderão aderir ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) por meio do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). O anúncio foi feito pelo presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Idea-MT), Guilherme Nolasco, à diretoria da A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
Há uma semana, a Acrimat protocolizou no Indea-MT um ofício solicitando celeridade neste processo de adesão ao Sisbi-Poa para garantir mais competitividade ao setor. Atualmente, 48,8% dos abates no Estado são realizados por um único grupo e 77% distribuído entre cinco empresas. De acordo com levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), outras 42 empresas abateram 22,9% do total de 2015.
O presidente do Indea, Guilherme Nolasco, contou que na última semana os fiscais do Mapa auditaram o sistema do Indea e em até 30 dias todos os ajustes solicitados deverão cumpridos.
- O processo de adesão do Serviço de Inspeção Estadual ao Serviço Federal está encaminhado e em breve as indústrias regionais poderão solicitar o selo federal e colocar seus produtos no mercado nacional. Vamos fortalecer o produtor e o empresário daqui e garantir aos consumidores de todo o país a qualidade da carne – declarou Nolasco.
O diretor-executivo da Acrimat, Luciano Vacari disse que a medida mostra sensibilidade do governo para a situação e o compromisso com o setor da pecuária.
- Estamos acompanhando o esforço do Indea em atender esta demanda que vai beneficiar os pequenos e médios empresários e movimentar a cadeia produtora -
Levantamento do Imea aponta que em Mato Grosso, 90% dos bates é realizado por empresa que possuem Selo de Inspeção Federal e que os frigoríficos com Sise representou 8,16% dos abates total.
Para o vice-presidente da Acrimat, Amarildo Merotti, a adesão vai fomentar toda a cadeia produtiva da carne.
- Com a ampliação do mercado consumidor vai permitir que essas empresas de menor porte fortaleçam seus negócios, aumentando também demanda por animais para o pecuarista. E quem mais ganha com isso é o consumidor, que terá mais diversidade nas gondolas e com garantia de qualidade – afirma o produtor.
Fonte: Acrimat