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COMERCIALIZAÇÃO DA CONAB

Em 2015, as operações de Aquisição do Governo Federal (AGF) realizadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) envolveram recursos de R$ 20 milhões. A verba foi destinada à compra de 21,7 mil toneladas de farinha e fécula de mandioca.

Este cenário demonstra  pouca necessidade de interferência do governo federal, em razão da boa performance do agronegócio. O setor foi responsável por 46,3% de todas as exportações brasileiras entre janeiro e setembro de 2015, contra 43,7% do ano anterior. Tal desempenho teve forte influência do câmbio, que impulsionou as exportações e inibiu importações, aquecendo a demanda pelos principais produtos nacionais, dos quais se destacam a soja, o milho e o arroz.

A exceção foram os produtos da mandioca. A seca registrada nos últimos anos na Região Nordeste promoveram um acentuado declínio na produção da raiz de mandioca, o que resultou na elevação dos preços desses produtos e incentivou agricultores de outras regiões a aumentarem sua produção. Porém, desde o final de 2014 a seca no Nordeste vem mostrando-se menos severa, permitindo a recuperação gradual dos produtores nordestinos e uma superoferta da mandioca, com a conseqüente queda nos preços – daí a necessidade de intervenção do governo federal.

A AGF é um instrumento da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Quando o preço de mercado estiver abaixo do preço mínimo estabelecido para a safra vigente de qualquer produto da pauta da PGPM, a Conab entra no mercado comprando o referido produto. A operação é condicionada ao repasse de recursos pelo Tesouro Nacional.

Fonte: Conab



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