A frota nacional de veículos de passeio nacional registra mais de 70% com utilização de biocombustível sucroenergético, o que colocou o Brasil em destaque mundial como plataforma de inovação inédita na história da indústria automobilística.
Isso porque duas grandes montadoras iniciaram desde o ano passado, testes com veículos elétricos movido a célula de combustível alimentada por etanol. A primeira foi a Nissan e em outubro, a Toyota, que divulgou o projeto de fabricar um modelo híbrido que utilizará eletricidade gerada por motor à combustão abastecido com o biocombustível de cana.
A Informação foi divulgada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) ressaltando a relevância para o país, por iniciar a produção de combustíveis renováveis em um dos maiores mercados para a indústria automobilística mundial.
Na avaliação do consultor de Emissões e Tecnologias da UNICA, Alfred Szwarc, a infraestrutura de produção e abastecimento local de etanol prova que o país está no caminho certo.
- Essas tecnologias demonstram que nossa produção industrial está em consonância com o objetivo geral das montadoras, que é fabricar automóveis com maior eficiência energética e menor emissão de gases de efeito estufa – avalia.
O especialista detalha como o combustível fabricado nestas condições pode contribuir para resolver problemas-chaves que limitam a expansão comercial dos automóveis elétricos.
- Com a possibilidade do etanol, uma fonte vegetal produzida em larga escala e que reduz em até 90% as emissões de CO2 em comparação com a gasolina, as montadoras percorrerão um caminho mais sustentável até a maturidade da eletrificação – observa Szwarc.
TESTES COM MOTORES HÍBRIDOS
De acordo com informações da montadora Toyota, os primeiros testes com o novo híbrido a etanol deverão ocorrer, (ainda sem data definida), em protótipo do Prius, modelo híbrido a gasolina, já comercializado no Brasil.
A concorrente Nissan quer lançar até 2020 um sistema de Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC, em inglês) que utiliza a reação do oxigênio com o biocombustível (anidro ou com 55% de água) para gerar eletricidade nos veículos.
Fonte: Correio do Estado