Ontem (28) – pelo segundo dia consecutivo e pela sexta vez em apenas 14 dias de negócios – o frango vivo comercializado no interior paulista sofreu baixa de cinco centavos. Com isso retrocedeu àquela que é, por ora, a pior cotação de 2016 – R$2,50/kg, valor que já havia vigorado no presente exercício entre o final de janeiro e os primeiros dias de fevereiro passado.
Agora, porém, a situação do produtor é ainda mais insustentável do que naquela época. Porque, então, o milho, embora já em alta, custava entre 12% e 15% menos que atualmente. E era encontrado com maior facilidade, algo que não ocorre hoje em dia.
Além disso, os R$2,50/kg atuais permanecem como valor apenas referencial, uma vez que negócios a preços inferiores continuam sendo realizados. E isso vem se repetindo também em Minas Gerais, onde a cotação de R$2,35/kg, inalterada nos últimos dois dias, corresponde ao valor máximo recebido pelo produtor.
Ainda que típicas de todo final de mês ou, mesmo, desta época do ano (as cotações mais baixas são registradas, em geral, no segundo trimestre de cada exercício), as quedas atuais vem sendo agravadas não só pela perda de poder aquisitivo do consumidor, mas também por um outro fator, sem dúvida inusitado: a necessidade de fazer caixa para poder adquirir milho.
Ou seja: a perspectiva (enfrentada pelo produtor independente e até mesmo por algumas integrações) de não dispor de milho para os lotes já em criação, vem fazendo com que acorram desordenadamente ao mercado “spot” de aves vivas, gerando uma oferta adicional imprópria para este momento do mês e do ano e tornando as baixas inevitáveis.
É algo que só começará a ser equacionado quando oferta e procura estiverem melhor equilibrados.
Fonte: Avisite
Fonte: Canal do Produtor