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Com El Niño fraco, Paraná terá inverno bem definido

Após um início de estação marcado por temperaturas mais altas que as médias históricas e por chuvas prolongadas, o Paraná deve ter um fim de outono e início de inverno mais estáveis e bem definidos. Isso porque o El Niño – fenômeno que se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico e que influencia o clima do continente – perdeu força, a ponto de já ser considerado neutro nesta temporada. Com isso, o produtor pode esperar um inverno frio e com chuvas significativas.

“Vai ser um inverno bastante diferente do que tivemos no ano passado, quando houve muitos altos e baixos, com ondas de frio muito intensa, intercaladas com ondas de calor. Neste ano, teremos um inverno mais estável”, define Luiz Renato Lazinski, consultor em agrometeorologia.


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As condições meteorológicas apontam para um junho considerado normal”, com temperaturas e precipitações pluviométricas dentro da média histórica. Em julho e agosto, o tempo deve se tornar mais gélido em todo o Estado, mas sem picos com quedas agudas de temperatura, como houve na temporada passada. “Esses dois meses [julho e agosto], especificamente, devem ser bastante frios”, destaca Lazinski.

As chuvas, por sua vez, devem se intensificar conforme o inverno avance. Segundo o Instituto Climatempo, diferentemente do restante do país, os Estados da região Sul estarão mais suscetíveis às precipitações, com pancadas volumosas.

“Até o fim de julho, devemos ter chuvas acima da média no Paraná. Teremos períodos de tempo seco, mas quando as chuvas vierem serão volumosas e significativas. Será um período marcado com menor risco de ondas de frio agudas, porém com chuvas mais fortes”, aponta a agrometeorologista Graziela Gonçalves, do Climatempo.

Geadas

Quando se fala em inverno, uma das preocupações do produtor rural se concentra na probabilidade de ocorrência de geadas. Os agrometeorologistas, no entanto, adiantam que as condições não são favoráveis a ocorrência prolongada desta modalidade de fenômeno. “Não vão ser ocorrências fortes, mas pontuais e de baixa frequência, principalmente no Centro-Sul do Estado”, diz Graziela.

Outro fator que poderia complicar o desenvolvimento da lavoura seria a eventual ocorrência de geadas tardias. Segundo Lazinksi, as chances de que o Paraná registre este fenômeno são consideráveis, mas se concentram nas regiões com maior altitude. “Até meados de setembro, há condições de que essas geadas tardias ocorram, mas concentradas no Centro-Sul”, observa o agrometeorologista.

Condições

Para os especialistas, as perspectivas são positivas ao plantio das culturas de inverno, como o trigo e a cevada. “As ressalvas são, mais uma vez, as áreas mais altas do Estado, onde o trigo é plantado mais tardiamente. Uma geada poderia implicar em problemas para o produtor”, destaca Lazinski. Se as chuvas devem ocorrer em grandes volumes até o fim de julho, a partir de agosto o Paraná deve enfrentar um período de estiagem. Na avaliação dos agrometeorologistas, essas perspectivas de início da próxima safra de verão não são boas aos agricultores do Estado. “Entre setembro e outubro, teremos chuvas muito irregulares. Em algumas regiões, podemos ter precipitações boas, mas em outras áreas, nem tanto. Essa irregularidade pode prejudicar os produtores de algumas regiões”, diz Lazinski.

Leia a matéria completa no Boletim Informativo.

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Fonte: Sistema FAEP



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