A colheita de soja da safra 2017/18 no Brasil avançou para 10 por cento da área, quase em linha com a média de cinco anos, de 12 por cento, com Mato Grosso puxando os trabalhos, enquanto o Paraná ainda patina, informou a AgRural nesta sexta-feira.
Em monitoramento semanal, a consultoria destacou que as atividades de campo estão bem atrasadas no Paraná, segundo produtor brasileiro após o Mato Grosso.
No Paraná, apenas 1 por cento da área foi colhida, contra 13 por cento há um ano e 16 por cento na média recente.
“Mesmo com tempo aberto ao longo da semana, os trabalhos avançaram lentamente porque ainda há poucas áreas prontas, devido ao atraso no plantio e ao alongamento do ciclo das lavouras da região oeste”, explicou a consultoria.
“Mas a expectativa é de que a colheita avance rapidamente no oeste paranaense a partir da semana que vem. Como a germinação da soja foi concentrada, muitas áreas chegarão juntas ao ponto de colheita. O problema é que, segundo as previsões, as chuvas devem voltar ao Paraná, podendo dificultar o avanço das máquinas”, ponderou a AgRural.
Já em Mato Grosso, que segue na dianteira entre os Estados, com 30 por cento de sua área já colhida, as chuvas desta semana causaram certa lentidão nos trabalhos, destacou a AgRural.
“Esses registros, porém, ainda são pontuais e não afetam a produtividade da região.”
Há colheita também em Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo, Pará, Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia.
“No Rio Grande do Sul, fevereiro começou mais seco, mas isso ainda não prejudica a safra. As previsões para os próximos dias, entretanto, mostram pouca chuva no Estado”, acrescentou a consultoria.
MILHO
Se a soja ainda não começou a ser colhida no Rio Grande do Sul, por lá os trabalhos envolvendo milho já alcançam 35 por cento da área, puxando a colheita em todo o centro-sul do Brasil para 11 por cento, igual à do ano passado e perto dos 12 por cento da média de cinco anos.
No caso da 2ª safra, o atraso no plantio no país ampliou-se nesta semana.
Até quinta-feira, 15 por cento da área estimada para a região estava semeada, ante 27 por cento há um ano e 19 por cento na média de cinco anos, disse a AgRural em seu monitoramento.
“Se persistir, o atraso no plantio poderá resultar em perda extra de área na safrinha de milho, já que, com preços pouco atraentes, os produtores tendem a não estender o plantio para muito além da janela ideal”, alertou a consultoria.
Fonte: Reuters